Economia
PUBLICIDADE

Por Bloomberg

O Reino Unido anunciou na quarta-feira que vai acabar com seu status de 'non-dom', que permite às pessoas que vivem lá, mas com residência permanente no exterior, evitem impostos sobre seus ativos estrangeiros por 15 anos. Em outubro, Portugal anunciou planos para extinguir seu programa de residente não habitual, uma política que permitia que estrangeiros pagassem menos impostos sobre renda e pensões do que os próprios moradores locais por 10 anos.

A reforma de um sistema que concedeu tratamento preferencial a estrangeiros ricos ocorre em meio ao aumento da disparidade de riqueza em muitos países ocidentais, levando alguns a restringir benefícios fiscais e de cidadania destinados a expatriados.

Então, para onde podem ir os expatriados do Reino Unido e de outros lugares para proteger seus ativos? Veja cinco países ao redor do mundo que oferecem benefícios para estrangeiros:

Antígua e Barbuda

Antígua e Barbusa tem se destacado como um dos principais destinos para expatriados ricos — Foto: Bing Guan/Bloomberg
Antígua e Barbusa tem se destacado como um dos principais destinos para expatriados ricos — Foto: Bing Guan/Bloomberg

No leste do mar do Caribe, residentes e não residentes de Antígua e Barbuda não são tributados sobre a renda obtida no país ou sobre seus ativos estrangeiros desde a implementação de uma nova lei fiscal em 2016.

A regra tem sido um grande impulsionador para a economia do país, atraindo investidores ricos e impulsionando o mercado imobiliário. Também não há taxação sobre riqueza ou herança nas ilhas tropicais.

Os estrangeiros também podem obter cidadania que promete viagens sem visto para a Europa por cerca de US$ 100 mil. Cidadãos de Antígua e Barbuda podem viajar para 154 países sem precisar de visto com antecedência. Cabe ressaltar que a União Europeia está tentando restringir essa política de visto livre, exercendo pressão sobre ela e outras nações do Caribe para encerrar ou restringir seus programas de cidadania por investimento.

Emirados Árabes Unidos

Dubai está se tornando inacessível à medida que sua popularidade aumenta os preços imobiliários — Foto: Christopher Pike/Bloomberg
Dubai está se tornando inacessível à medida que sua popularidade aumenta os preços imobiliários — Foto: Christopher Pike/Bloomberg

Dubai e seus colegas emirados têm atraído uma enxurrada de gestores de fundos e banqueiros de todo o mundo nos últimos anos, graças às suas leis fiscais flexíveis e comodidades para os ricos. Os Emirados Árabes Unidos não tributam renda pessoal, ganhos de capital, herança, presentes ou propriedades. Além disso, possuem uma das menores taxas de imposto corporativo do mundo: 9% para empresas que geram mais de 375 mil dirhams (US$ 102 mil) em lucros anuais.

O país ainda ampliou recentemente o escopo das pessoas que podem solicitar vistos de residente de longo prazo, incluindo empreendedores e engenheiros. Mas Dubai está se tornando inacessível à medida que sua popularidade pressiona os preços imobiliários. As listas de espera para escolas internacionais e clubes privados estão bastante longas.

Itália

A recente corrida para Milão elevou os preços imobiliários e contribuiu para o custo de vida mais alto na cidade — Foto: Francesca Volpi/Bloomberg
A recente corrida para Milão elevou os preços imobiliários e contribuiu para o custo de vida mais alto na cidade — Foto: Francesca Volpi/Bloomberg

Estabelecido em 2017, o generoso sistema fiscal para estrangeiros da Itália tem sido muito eficaz em atrair expatriados. O número de pessoas se mudando para Milão e se beneficiando desses incentivos fiscais mais do que dobrou em 2021, totalizando mais de 1.300 pessoas.

Os novos residentes pagam uma taxa anual de 100 mil euros (ou US$ 109 mil) e são isentos de impostos sobre renda estrangeira. Também podem não pagar imposto sobre 50% de sua renda italiana se não foram residentes nos dois anos fiscais anteriores.

A recente corrida para Milão elevou os preços imobiliários e contribuiu para o custo de vida mais alto na cidade, aumentando as tensões entre os moradores locais. Ainda assim, com o Reino Unido e Portugal retirando incentivos para estrangeiros, consultores afirmam que a Itália pode ser um dos principais beneficiários de expatriados globais — especialmente da América e do Oriente Médio — que buscam investir seu dinheiro em um país europeu com baixa carga tributária.

Cingapura

Para comprar uma casa no valor de US$ 5 milhões, um estrangeiro terá que pagar 65% em impostos em Cingapura — Foto: Ore Huiying/Bloomberg
Para comprar uma casa no valor de US$ 5 milhões, um estrangeiro terá que pagar 65% em impostos em Cingapura — Foto: Ore Huiying/Bloomberg

Cingapura tem um quadro misto. Embora a cidade-estado asiática tenha se beneficiado da repressão da China a Hong Kong, o aumento do imposto sobre propriedades para 60% para compradores estrangeiros no ano passado tornou-a menos vantajosa. A taxa de imposto de renda pessoal para residentes é baixa, limitada a 22%. A taxa de imposto corporativo padrão é de 17%.

Ainda assim, para comprar uma casa no valor de US$ 5 milhões, um comprador estrangeiro terá que pagar 65% em impostos em Cingapura, incluindo outras taxas, em comparação com cerca de 4% em Nova York, 15% em Londres e 30% em Hong Kong, segundo cálculos da Savills.

Mônaco

Mônaco: País europeu possui os imóveis mais caros do mundo — Foto: Balint Porneczi/Bloomberg
Mônaco: País europeu possui os imóveis mais caros do mundo — Foto: Balint Porneczi/Bloomberg

Os milionários continuam a se mudar para Mônaco para desfrutar dos cassinos da cidade, do estilo de vida glamoroso e dos baixos impostos. Playground da elite europeia, o pequeno país não cobra impostos sobre propriedades, renda pessoal ou ganhos de capital. As propriedades para aluguel são taxadas em 1% do aluguel anual. Mônaco eliminou os impostos sobre dividendos pagos por empresas locais e não cobra imposto de renda corporativo geral.

O país europeu tem os imóveis mais caros do mundo, de acordo com um relatório recente da consultoria de riqueza Knight Frank, onde US$ 1 milhão compra apenas 172 pés quadrados de propriedade. O visto de residência do país pode ser obtido investindo mais de 1 milhão de euros (US$ 1,1 milhão).

Outras opções tem taxas de impostos mais altas

Se você estiver interessado em países que cobram mais impostos, mas que também oferecem uma boa qualidade de vida e serviços públicos, França, Bélgica, Dinamarca e Japão são boas opções. Mas tem algumas das faixas de impostos mais altas do mundo.

O imposto de renda da França chega a 45%, semelhante ao do Japão. A França cobra uma sobretaxa de 3% sobre a renda que excede 250 mil euros (US$ 273 mil), enquanto o imposto sobre ganhos de capital é de 19%. Os impostos de renda da Dinamarca chegam a 52%. Na Bélgica, qualquer renda acima de 46,4 mil euros (US$ 50,7 mil) é tributada em 50%.

Webstories
Mais recente Próxima Governo dos EUA abre investigação criminal para apurar incidente com 737 Max da Boeing
Mais do Globo

A decisão é da 4ª Câmara de Direito Privado do TJ do Rio

Vendedora ambulante será indenizada após ser abordada com violência no Metrô do Rio

Como francês Stephan Dunoyer de Segonzac deu pontapé inicial do esporte no país ao decolar dos pés do Cristo Redentor, em setembro de 1974

'Homem-pipa': O voo que inaugurou a asa-delta no Brasil, há 50 anos

Neurocirurgião Jacinto Lay sofreu queda em março do ano passado, quando pilotava sozinho uma aeronave de pequeno porte

Estado de saúde de médico que pilotava avião que caiu em Teresina é grave; piloto já tinha caído outra vez

BepiColombo, uma missão conjunta europeia e japonesa, concluiu seu último sobrevoo por Mercúrio, enviando uma prévia do planeta cheio de crateras que começará a orbitar em 2026

Novas imagens mostram a superfície de Mercúrio como nunca vista antes;  veja com detalhes nítidos

Supremo Tribunal Federal reservou três semanas para ouvir 85 testemunhas de defesa de cinco réus, sendo que algumas são as mesmas, como os delegados Giniton Lages e Daniel Rosa, que investigaram o caso

Caso Marielle: audiência da ação penal contra irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa será retomada hoje pelo STF

A decisão do candidato da oposição de deixar a Venezuela por temer pela sua vida e pela da sua família ocorreu depois de ter sido processado pelo Ministério Público por cinco crimes relacionados com a sua função eleitoral

Saiba como foi a fuga de Edmundo González, candidato de oposição da Venezuela ameaçado por Nicolás Maduro

Cidade contabiliza 21 casos desde 2022; prefeitura destaca cuidados necessários

Mpox em Niterói: secretária de Saúde diz que doença está sob controle

Esteve por lá Faisal Bin Khalid, da casa real da Arábia Saudita

Um príncipe árabe se esbaldou na loja da brasileira Granado em Paris