Economia
PUBLICIDADE
Por — Brasília

O Brasil caiu duas posições no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas, que mede o bem-estar da população considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda. Dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta quinta-feira mostram que o país recuou da 87ª posição em 2021 para a 89ª em 2022, último ano do governo do presidente Jair Bolsonaro.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro ficou em 0,760, considerado pelo Pnud um patamar elevado. Houve uma melhora no indicador, que foi de 0,754 no relatório anterior, refletindo os impactos da pandemia de Covid-19. O IDH varia de zero a 1 e, quanto maior, melhor. Em 2019, antes da pandemia, o índice do Brasil era de 0,766.

O Brasil está à frente de países vizinhos como Colômbia e Venezuela. Mas segue atrás da Argentina, Peru, Uruguai, Chile, além de México e Cuba. A média da América Latina e Caribe é de um IDH de 0,763, acima do brasileiro. O IDH do mundo é de 0,739. O máximo do IDH é 1.

Brasil no IDH — Foto: Editoria de arte
Brasil no IDH — Foto: Editoria de arte

A China tem um IDH de 0,7888 é a 75ª no ranking global. A Índia aparece com 0,644 e está na posição 134. O ranking é liderado por Suíça, Noruega e Islândia. Os Estados Unidos são o 20º país em desenvolvimento humano, segundo a ONU.

A melhora do Brasil veio graças principalmente a um aumento da expectativa de vida, que subiu de 72,8 para 73,4 anos, em relação a 2021, depois de uma queda causada pela pandemia.

Apesar da melhora, o país ainda não alcançou o patamar em que estava antes da crise de saúde. Em 2019, a expectativa de vida era de 75,3 anos. A renda per capita também aumentou de US$ 14.370 para US$ 14.615 ao ano, de 2022 para 2021.

Retrocesso na educação

Já a educação foi o único indicador em que houve retrocesso: a expectativa de escolaridade (que considera a estimativa de média de anos de estudos que a atual geração de crianças terá quando completar seu ciclo escolar) caiu de 15,59 para 15,58 anos.

— O índice é uma ferramenta para entender melhor uma realidade e dar luz sobre como essa realidade muda com o tempo, mas sobretudo, para orientar ações — disse Michelle Muschett, diretora regional da ONU para América Latina e Caribe.

O Pnud afirma que o Brasil caiu em posições, assim como diversos outros países, com as crises globais, principalmente pela pandemia. Mas, olhando para os últimos anos, o Brasil cresceu muito rapidamente, o que poderá voltar a ser tendência nos próximos anos, avalia a agência da ONU.

No Brasil, quando o IDH é ajustado à desigualdade, o país perde 24% do seu índice.

Queda na América Latina

O PNUD afirma que a América Latina e Caribe são as regiões que tiveram maior queda nos índices de Desenvolvimento Humano entre 2019 e 2021, com leve recuperação de 0,75 para 0,76 em 2022.

Michelle Muschett explica que as crises globais chegam na região com impacto bem mais forte, por se somar às profundas desigualdades e a um crescimento econômico mais volátil.

— Isso talvez explique porque a região foi mais vulnerável do que outras a eventos externos. Podemos ver como nos comportamos nesse último grande choque que foi a pandemia da Covid-19. Vimos que América Latina e Caribe sofreram a maior deterioração nos índices de Desenvolvimento Humano, depois de anos de melhora constante no índice. Uma queda entre 2019 e 2021. Mas temos mostrado resiliência, capacidade de nos recuperarmos — afirmou Michelle Muschett.

Webstories
Mais recente Próxima No pós-pandemia, Brasil patina em educação, o que impede avanço maior no IDH
Mais do Globo

Novo formato começou a ser aplicado neste sábado nas provas de 800m feminino e 1.500m masculino

Pela primeira vez na história das Olimpíadas, atletismo terá repescagem em Paris-2024;entenda

O investidor conta com 400 milhões de ações da dona do iPhone, que estão avaliadas em US$ 84,2 bilhões

Empresa de Warren Buffett se desfaz de quase metade das ações da Apple
Cadê os meus royalties?

Informação é do site The Information"

Novo chip de IA da Nvidia pode atrasar por falhas de design

Contra a França, Arthur Elias promoveu sete alterações em relação ao time que enfrentou a Espanha

Olimpíadas: Seleção brasileira teve modificações em todos os setores nas quatro partidas em Paris-2024

Atleta demonstra frequentemente nas redes sociais a rotina na carreira militar

Beatriz Souza: primeira medalhista de ouro do Brasil em Paris, é sargento do Exército e tem forte atuação nas Forças Armadas; saiba mais

Mesmo com a filha sendo a principal atleta a rivalizar pelo ouro com a americana, Rosa Santos fez questão de enterra quaisquer rumores de desavenças entre as duas

Olimpíadas 2024: Mãe de Rebeca afirma que nunca torceu para Biles cair: 'Eu a aplaudo em todas as execuções que ela faz'

Ex-velejador está empatado em número de pódios com a ginasta até o momento

Multicampeão na vela, Robert Scheidt celebra recordes de medalhas por Rebeca Andrade: 'Torci muito por ela e pelo Brasil'

Presidente licenciado do PSD em Minas Gerais e ministro de Minas e Energia chamou de 'oportunismo eleitoral' a presença dos adversários em 2022 no palanque de Mauro Tramonte (Republicanos) em BH

Em dia de encontro entre Kalil e Zema, Alexandre Silveira chama ex-prefeito de ingrato e alfineta os dois: 'Hipocrisia'

Com camisetas e cartazes com a inscrição 'Tucanos com Nunes', grupo defende o candidato à reeleição como herdeiro político de Bruno Covas

Militantes anti-Datena do PSDB endossam candidatura de Nunes na convenção do MDB