Economia
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Por AFP — Washington D.C.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nessa quinta-feira que se opõe à venda da siderúrgica US Steel à japonesa Nippon Steel.

O anúncio, em plena campanha eleitoral nos Estados Unidos, pode incomodar Tóquio, um dos seus principais aliados.

“É importante que mantenhamos empresas siderúrgicas americanas fortes, impulsionadas por trabalhadores americanos. Eu disse aos nossos metalúrgicos que os apoio, e estou falando sério”, disse Biden em um comunicado.

A US Steel, com sede em Pittsburgh, Pensilvânia, "tem sido uma empresa siderúrgica americana icônica há mais de um século, e é vital que continue sendo uma empresa siderúrgica americana, operada no país, com propriedade local", acrescentou o presidente democrata.

As declarações de Biden ocorrem antes da visita de Estado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, à Casa Branca, marcada para 10 de abril.

Também ocorrem em plena campanha eleitoral rumo às eleições presidenciais de novembro, nas quais Biden disputa o voto dos trabalhadores contra o republicano Donald Trump.

Trump, que, salvo surpresa, será adversário de Biden em novembro, prometeu que bloquearia a operação se regressasse à Casa Branca, segundo comentários divulgados pela imprensa norte-americana.

O porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse nesta sexta-feira, que Tóquio estava “ciente da declaração (de Biden), mas se recusa a comentar sobre uma questão individual de gestão da empresa”.

A "aliança Japão-EUA está mais forte do que nunca", acrescentou, ao mesmo tempo que observou que as nações continuariam a cooperar em muitas áreas, incluindo "manter e fortalecer uma ordem econômica livre e aberta, baseada em regras".

'Um êxito'

Os dois grupos reagiram num comunicado conjunto, afirmando que "estão confiantes de que (a sua) parceria (será) um sucesso" para o emprego e a cadeia de abastecimento nos Estados Unidos, "ao mesmo tempo que fortalecem a competitividade da economia americana e criam resistência às ameaças da China.

Eles observaram que o grupo japonês havia “indicado claramente que não haveria cortes de empregos, fechamento de fábricas ou transferências de produção como resultado desta transação”.

“Continuaremos a defender esta transação e confiamos que uma revisão imparcial e ponderada levará à sua aprovação”, concluíram.

Em comunicado separado, a Nippon Steel disse que o acordo "oferece benefícios claros à US Steel, aos trabalhadores sindicalizados (e) à indústria siderúrgica dos EUA em geral".

As ações da US Steel caíram 6,4% na quinta-feira. As da Nippon Steel praticamente não mudaram na sexta-feira, com alta de 0,1% nas operações matinais.

O acordo de compra de US$ 14,1 bilhões, anunciado em dezembro passado, continua sob revisão pelas autoridades de segurança federais dos EUA.

Nessa altura, a Casa Branca alertou que a operação deveria passar por uma análise cuidadosa porque poderia ter implicações para a segurança nacional.

Os sindicatos ficaram furiosos com o acordo proposto, apesar da promessa das empresas de honrar os contratos acordados entre os trabalhadores e a empresa americana.

Em dezembro, o sindicato siderúrgico United Steelworkers (USW) classificou o acordo como uma "atitude gananciosa e míope" por parte da US Steel e questionou a capacidade da empresa japonesa de cumprir contratos.

Agora, o sindicato “saúda” a declaração de Biden, disse David McCall, seu presidente para relações internacionais.

Na sua opinião, a propriedade estrangeira da US Steel tornaria a defesa e a infra-estrutura crítica dos EUA "vulneráveis".

“As declarações do presidente deveriam pôr fim ao debate”, declarou, ao mesmo tempo que se dizia “grato” a Biden “pelo seu apoio infalível”.

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