Economia
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Por — Rio de Janeiro

A Páscoa se aproxima e o consumidor já pode preparar o bolso para lidar com o aumento de preços. Os chocolates em barra e bombom subiram em média 3% em 2024 - uma alta menor do que a observada nos últimos dois anos. Mas certos itens do almoço pascal podem ficar até 40% mais caros este ano. É o que mostra um estudo da XP feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

— A cesta de Páscoa ainda vai estar um pouco mais salgada este ano — afirma Alexandre Maluf, economista da XP.

Azeite fica 40% mais caro

O azeite foi o item da cesta da Páscoa que mais encareceu no ano, com uma expectativa de alta de 40,7% no período. Segundo Maluf, da XP, o avanço se deve a uma combinação de fatores, incluindo os efeitos climáticos do El Niño na Europa:

— É um ingrediente relevante para cesta e que teve uma alta forte por conta de restrições em países produtores, como Espanha e Grécia. Teve uma safra muito fraca relacionadas às oliveiras na Espanha, então o preço global do azeite disparou e não é diferente aqui no Brasil. É um mercado que dependemos muito do importado.

Também ficaram mais caros na Páscoa deste ano produtos como açúcar refinado (13,92%), açúcar cristal (7,51%), sorvete (10,43%) e bebidas alcóolicas, exceto cerveja e vinho (11,27%).

Um dos itens mais tradicionais do almoço de Páscoa, o bacalhau manteve o preço praticamente estável (0,46%) em relação ao ano passado. Já os pescados, em média, subiram 2,68%.

A boa notícia fica concentrada em itens como óleo de soja (-22,73%), carnes (-7,95%) e margarina (-8,43%). São produtos que em sua maioria chegaram a registrar altas de dois dígitos nos últimos anos e agora estão pesando um pouco menos no bolso das famílias.

Veja quanto subiram os itens da Páscoa em 2024

Inflação da Páscoa — Foto: Editoria de Arte/O Globo
Inflação da Páscoa — Foto: Editoria de Arte/O Globo

Alta no preço do cacau encarece chocolates e bombons

Chocolates ficam mais caros — Foto: Editoria de Arte/O Globo
Chocolates ficam mais caros — Foto: Editoria de Arte/O Globo

A pesquisa mostra que os preços do chocolate em barra e dos bombons tiveram aumentos menos intensos este ano, em relação à 2023 e 2022. Ainda assim, o consumidor não perceberá um alívio no bolso ao adquirir esses produtos no supermercado.

Isso porque estes itens estão em média 26,1% mais caros frente 2019, período pré-pandemia. Numa conta rápida, significa dizer que um chocolate em barra que custava R$ 20 há cinco anos agora não sai por menos de R$ 25.

— O insumo principal, que é o cacau, tem subido muito desde o segundo semestre do ano passado. Os principais produtores do mundo ficam na África e a produção tem passado por pragas e questões climáticas ligadas ao El Niño. E isso acaba se refletindo na alta do preço, que chegou a atingir em fevereiro o maior patamar desde os anos 1970 — explica Maluf.

Outro insumo importante para os chocolates é o açúcar, que também passou por dois eventos que prejudicaram a produção, lembra o economista. A La Niña gerou quebra de safra nos Estados Unidos e, mais recentemente, o El Niño atrapalhou a produção de açúcar nos países asiáticos, com destaque à Índia que criou restrições à exportação no ano passado.

Solução é pesquisar preços e ficar de olho nas promoções

Segundo Maluf, o jeito para o consumidor encaixar essas altas de preços no orçamento é pesquisar preços e ficar de olho nas promoções. Outra estratégia é substituir os ovos de páscoa pelas barras - subitem que não é investigado pela pesquisa do IBGE, mas costuma ficar mais caro a cada ano que passa, diz o economista:

— Não tem jeito. A pesquisa é o mais importante porque há muita discrepância nos preços, principalmente nos grandes centros. E, no caso de quem busca presentear com ovo de páscoa, pode ser mais barato recorrer às barras de chocolate.

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