Economia
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Por — Rio de Janeiro

Os municípios menores sofrem mais com a ausência de coleta de lixo no Brasil. Entre as cidades com menos de 5 mil habitantes, 78,9% da população tinham coleta de lixo na porta de casa em 2022, segundo dados do último Censo divulgados neste ano pelo IBGE. Já nos municípios com 500 mil ou mais habitantes, esse percentual é de 98,9% — no total nacional, 90,9% têm coleta.

A cidade de Serrano do Maranhão, a quase 200 km da capital São Luís, chamou a atenção nas primeiras divulgações do Censo por sintetizar parte dessas desigualdades.

Ao mesmo tempo em que é a cidade do Brasil com a maior proporção de pessoas que se autodeclaram pretas (58,5%), é a pior em termos de acesso aos serviços de coleta de lixo. Apenas 1% da população local mora em domicílios onde há coleta.

A cidade maranhense tem 10,2 mil habitantes, com destaque para lavradores, pescadores e quilombolas. Segundo Acácia dos Santos Pontes, coordenadora do Movimento das Comunidades Quilombolas do Maranhão, recentemente, Serrano começou a ter coleta na zona urbana, com dois caminhões, que passam em alguns, mas não em todos os bairros.

Zona rural de fora

Os quilombos da zona rural ficaram de fora. Algumas dessas comunidades, de acordo com Acácia, estão a 50 km da área urbana.

— Não temos coleta de lixo nos quilombos. Os rios vão se assoreando. O lixo vai acumulando, o plástico tomando todo o espaço. Ou então o lixo é queimado a céu aberto — conta Acácia.

Aterro sanitário de Seropédica, que substituiu o lixão de Gramacho — Foto: Domingos Peixoto
Aterro sanitário de Seropédica, que substituiu o lixão de Gramacho — Foto: Domingos Peixoto

O GLOBO tentou contato com a Prefeitura de Serrano do Maranhão, para comentar sobre os investimentos na coleta e destinação do lixo, mas não teve retorno.

Segundo Jaime Oliveira, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), um problema das pequenas cidades como Serrano do Maranhão é a falta de capacidade de gestão. Aterros sanitários exigem investimentos e requerem uma escala mínima para serem viáveis como Parcerias Público-Privadas (PPPs).

— Uma saída é fazer consórcio de várias cidades, onde uma é sede do aterro — afirma Oliveira, lembrando que isso requer acordos políticos entre as prefeituras e ressaltando que tão importante quanto avançar na gestão e nos investimentos é ampliar a reciclagem, também via conscientização da população.

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