Economia
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Por — São Paulo

A Stellantis, dona de marcas como Peugeot e Fiat, anunciou que vai iniciar a venda de carros elétricos chineses no Brasil já no quarto trimestre do ano. A empresa concluiu a formação de uma joint venture com a Leapmotor, com sede em Hangzhou, na China. Os modelos C10 e T03 chegam ao mercado nacional para competir com os modelos da BYD, que ganharam espaço nos últimos meses.

Os dois carros — um SUV e um compacto, respectivamente — devem ser lançados inicialmente nos mercados europeus em setembro, com as vendas expandindo em seguida para a Índia e Ásia-Pacífico, Oriente Médio, África e América do Sul a partir do quarto trimestre de 2024.

Em outubro passado, as duas empresas anunciaram que a Stellantis investiria cerca de €1,5 bilhão para comprar cerca de 21% da Leapmotor, uma das três principais marcas chinesas de elétricos em 2023.

O acordo estabeleceu a criação da Leapmotor International, joint venture que terá direitos exclusivos para fabricar e vender veículos da marca Leapmotor fora da China.

Com isso, a Leapmotor consolida sua posição no mercado chinês e aproveita a presença global da Stellantis para aumentar as vendas em outros lugares.

— A criação da Leapmotor International é um grande avanço para ajudar a resolver a questão urgente do aquecimento global com modelos BEV (veículo 100% elétrico) de última geração que vão competir com as marcas chinesas existentes nos principais mercados em todo o mundo— disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares.

Ele disse que, em breve, a empresa vai ser capaz de oferecer veículos elétricos com preços competitivos.

O plano de lançamento terá início em setembro, nos seguintes países: França, Itália, Alemanha, Holanda, Espanha, Portugal, Bélgica, Grécia e Romênia.

Serão 200 pontos de vendas até ao final do ano, número que deve subir para 500 até 2026. Na América do Sul, o foco será no Brasil e no Chile.

O professor Antonio Jorge Martins, coordenador dos cursos automotivos da FGV, avalia que a Stellantis está buscando ganhar espaço nesse segmento, onde as fabricantes chinesas são cada vez mais dominantes. A Leapmotor, no entanto, ainda não é tão conhecida.

— O foco é nesse carro menor. A Stellanis não tem competitividade no segmento de carros elétricos. Na Europa e na América do Sul, ela está sendo pressionada pela chegada dos chineses. Eles se associaram com uma das empresas instaladas na China para ter, pelo menos, acesso a uma empresa fornecedora.

No Brasil, o modelo compacto (T03) deve custar aproximadamente € 20 mil (cerca de R$ 111 mil, similar a modelos da BYD, como o Dolphin), acrescidos dos impostos nacionais, conta analista a par das negociações.

O professor Marcelo Alves, do Centro de Engenharia Automotiva da Poli/USP, avalia que a ideia é fazer com que a Stellantis tenha uma linha de produtos com propulsão elétrica o mais rapidamente possível.

É uma forma de garantir espaço em um mercado de veículos na faixa de entrada. Alguns analistas consideram que a Stellantis estava defasada no desenvolvimento de carros elétricos, em comparação com outras empresas.

— No Brasil, assim como em outros países, eles devem competir com modelos da BYD, principalmente os de menor custo.

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