Economia
PUBLICIDADE

Apesar da suspensão do leilão para compra de arroz, o governo decidiu na tarde desta terça-feira manter a compra do produto de outros países. A previsão é importar entre 150 mil e 200 mil toneladas do produto a ser adquirido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e distribuído por supermercados e atacadistas.

Os detalhes da operação deverão ser anunciados nos próximos dois dias, segundo técnicos envolvidos nas discussões. Com a isenção da tarifa de importação do arroz, o produto poderá ser comprado de outros paises, como Tailândia, por exemplo, além do Mercosul. No entanto, o governo gaúcho afirmou hoje que, mesmo com o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul, a safra do estado será suficiente para abastecer todo o país e que a importação é "desnecessária".

O assunto foi discutido em uma reunião coordenada pelo Ministério da Agricultura, com representantes da Casa Civil, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário. O governo já havia lançado um edital, mas ele foi suspenso porque havia expectativa de a isenção da tarifa de importações de mercados fora do Mercosul seria suficiente.

Porém, a avaliação é que a medida causou ainda mais instabilidade no mercado. O Ministério da Agricultura foi alertado nesta terça-feira de que grandes indústrias de arroz do Rio Grande do Sul, com produtos estocados, teriam suspendido as vendas. A Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz) nega.

O plano do governo é importar o arroz e vender o produto de forma subsidia no mercado doméstico, no valor de R$ 20 o sado de cinco quilos. O custo para os cofres públicos é estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 dois bilhões.

Leilão suspenso

O leilão para a compra de cerca de 100 mil toneladas de arroz do Mercosul, previsto para esta terça-feira, foi suspenso. A medida foi tomada porque, segundo o governo, foram constatados aumentos especulativos de preços praticados pelos sócios do bloco.

A suspensão foi comunicada pelo Ministério da Agricultura. Uma nova dada para o leilão e a origem da importação do produto estão em discussão entre os vários órgãos envolvidos. O mais provável é que a importação terá como origem a Tailândia.

Há cerca de duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória autorizando a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

As compras, que tinham como prioridade de origem o Mercosul, têm o objetivo de evitar aumentos especulativos de preços e garantir o abastecimento do país, em um momento em que o maior estado produtor, o Rio Grande do Sul, enfrenta inundações que compõem um cenário de catástrofe climática.

Em entrevista ao portal g1, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que os preços subiram até 30% no Mercosul. Esta foi uma das razões de o governo zerar o Imposto de Importação do produto, dando as mesmas condições que existem se a compra fosse em um dos mercados do bloco sul-americano — Paraguai, Argentina e Uruguai.

A suspensão do leilão foi decidida pelo presidente da República. Uma nova data será estabelecida nos próximos dias, mas técnicos envolvidos no assunto afirmam que, com a redução das alíquotas de importação a zero, prevista para durar até o fim deste ano, o setor privado terá liberdade para importar o arroz de onde considerar mais vantajoso.

Em uma avaliação interna, interlocutores do governo dizem que, atualmente, o mercado de arroz brasileiro já opera em um cenário de menor disponibilidade de grão. Isto porque a área plantada vem sendo reduzida ao longo dos últimos anos, com exceção da atual Safra 2023/24, que foi semeada em um cenário atrativo de preço e rentabilidade.

No caso do Rio Grande do Sul, responsável por mais de 70% da produção nacional, estimativas de mercado indicam uma perda em torno de 600 mil toneladas. A safra de arroz prevista era de cerca de 40 milhões de toneladas.

Webstories
Mais recente Próxima Abertura de R$ 15,7 bi em despesas extra deve afastar novo bloqueio no Orçamento neste momento
Mais do Globo

Em Paris, americano Noah Lyles surge como um dos favoritos a ocupar o posto do jamaicano; final dos 100m é às 16h50

Prova mais nobre do atletismo, 100m rasos tem final neste domingo ainda em busca de sucessor de Usain Bolt

Com 10 pódios conquistados, COB quer superar recorde de Tóquio de 21

Brasil vai bater o recorde de medalhas? Projeções apontam que país vai precisar de surpresas em Paris-2024

Basquete do país enfrentou a primeira formação olímpica em que americanos puderam convocar jogadores da NBA

Brasil x Estados Unidos em Paris-2024: relembre o duelo entre a seleção e o Dream Team original

Hábito não indica problemas de saúde mental e pode trazer, na verdade, diversos benefícios; entenda

Sinal de sucesso? O que significa falar sozinho, segundo a psicologia

Fomos nós que mudamos, a respirar esse ar cada vez mais cheio de veneno, encorpado pelos Mestres que seguem inventando emoções Olímpicas

Nós mudamos com o mundo

Jogos das Olimpíadas deste domingo (3) serão transmitidos pela TV Globo, Sportv, Globoplay e CazéTV

Olimpíadas de Paris-2024 hoje: programação e onde assistir ao vivo aos jogos deste domingo (4)

Governo precisa incentivar o aprimoramento de trabalhadores a partir de demandas das empresas

Brasil não pode fugir da agenda da produtividade

Após dengue, zika e chicungunha, população enfrenta mais um vírus transmitido por mosquitos

Surto de febre oropouche desafia autoridades sanitárias no país

Legislativo hoje coordena interesses dispersos sem maior preocupação com a agenda nacional

A paróquia está no centro da política