Economia
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Por The New York Times — Londres

Por grande parte de sua existência, a empresa de criptomoedas nChain era governada por uma regra de ouro nos escritórios da companhia: não era uma boa ideia desafiar Craig Steven Wright, o diretor de desenvolvimento científico.

Nos escritórios da nChain em Londres, Wright, um cientista da computação australiano, era tratado como uma espécie de rei filósofo. Ele usava ternos com coletes e dirigia um Lamborghini.

Um gerente intermediário gravava as divagações de Wright sobre assuntos técnicos obscuros e depois compartilhava as gravações com uma equipe de pesquisadores, que eram instruídos a transformar suas reflexões em patentes.

Em 2017, Martin Sewell, um funcionário da nChain, distribuiu um relatório se mostrando cético, documentando erros técnicos em uma série de artigos que Wright havia publicado sobre economia e ciência da computação. Um gerente chamou Sewell ao seu escritório e disse que ele tinha de parar com aquilo.

Mistério dos tempos de inocência do bitcoin

A deferência a Wright “era apenas um arranjo extraordinário, como se ele fosse uma espécie de Deus de tudo”, lembrou Sewell.

De fato, a autoridade de Wright repousava em uma alegação quase "divina" — de que ele era o misterioso criador do bitcoin, a criptomoeda original.

Em 2008, uma pessoa usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto publicou um relatório explicando os fundamentos do Bitcoin, uma ideia inteligente que eventualmente se tornou a base de uma indústria de trilhões de dólares.

Então, tão rapidamente como ele apareceu, ele sumiu. Satoshi, conhecido por seu primeiro nome, controla cerca de 1,1 milhão de bitcoins, e um montante de US$ 75 bilhões que permaneceu intocado por mais de uma década.

O mistério da identidade de Satoshi há muito tempo obceca especialistas em criptomoedas, que analisam cada registro de suas comunicações com a reverência de estudiosos talmúdicos. Vários candidatos foram propostos como possíveis Satoshis, apenas para eles negarem qualquer papel na criação do bitcoin.

Wright, por outro lado, fez esforços extraordinários para provar que ele era Satoshi. Ele se apresentou como o inventor do bitcoin em entrevistas e postagens nas redes sociais, elencando evidências para praticamente qualquer um que quisesse ouvir.

Processos em 3 países: 'vão perder suas famílias'

Em processos judiciais em três países, ele disse que escreveu o relatório original. Depois que um outro entusiasta de criptomoedas menos conhecido desafiou suas reivindicações em 2019, Wright o processou por difamação na Inglaterra.

Ele seguiu com ações na Justiça contra desenvolvedores de software que trabalhavam para melhorar o código do bitcoin, acusando-os de violar seus direitos de propriedade intelectual. E sempre com uma postura muito agressiva:

— Alguns vão à falência, perder suas famílias e colapsar — declarou ele.

Com 53 anos, Wright tinha um interesse financeiro em suprimir o trabalho desses desenvolvedores: ele e um magnata do jogo uniram forças para promover uma moeda digital alternativa, o Bitcoin Satoshi Vision, que eles afirmavam ser uma versão pura e incorrupta do bitcoin, com melhores aplicações práticas.

Este ano, o preço do bitcoin disparou para um recorde histórico, renovando o otimismo de que as criptomoedas estão destinadas a uma adoção generalizada. Mas a indústria ainda está manchada por uma sucessão de escândalos financeiros recentes que custaram bilhões em economias dos investidores.

O mistério de Satoshi é o último vestígio de uma época mais inocente na história da criptomoeda, quando o universo cripto era um sistema comunitário e renegado que parecia ter se materializado do nada.

19 universidades e 5 doutorados ao mesmo tempo

A reivindicação de Wright de ser Satoshi não era simplesmente uma estratégia legal antagonista: era uma ameaça à pureza daquele mito fundador.

Este ano, diversas empresas poderosas de criptomoedas se mobilizaram para impedir Wright de processar a todos. Um grupo influente liderado pela Coinbase, a maior bolsa dos EUA, e pela Block, uma empresa fundada pelo fundador do Twitter, Jack Dorsey, levou Wright a julgamento na Alta Corte de Londres.

Eles estavam buscando uma constatação da justiça: talvez nunca saibamos com certeza quem inventou o bitcoin, mas não foi Craig Wright.

Entre os mistérios sobre Satoshi Nakamoto que Wright tentou explicar está a origem de seu famoso nome.

Antes do bitcoin ser inventado, Wright trabalhou como consultor de segurança de TI na Austrália, mas ele afirma que seu interesse em criar um novo sistema monetário surgiu de extensos estudos acadêmicos.

Como testemunhou no tribunal, ele estava matriculado em 19 universidades ao mesmo tempo, perseguindo cinco doutorados simultaneamente.

- Na verdade, escrevi três artigos ontem à noite - disse ele naquele julgamento em 2021.

Nome inspirado em filósofo japonês

O sobrenome Nakamoto, ele afirmou, era uma homenagem a um filósofo japonês cujos escritos ele admirava.

Muito do que se sabe sobre Satoshi Nakamoto vem de centenas de mensagens que ele trocou com os primeiros colaboradores, incluindo Gavin Andresen, um desenvolvedor de software americano que ajudou a promover o bitcoin na mídia.

Em e-mails e publicações em fóruns, Satoshi escreveu sobre seu compromisso com a privacidade e suas frustrações com o status quo do mercado financeiro, enquanto revelava pouco sobre seu histórico. Nenhum de seus correspondentes jamais o conheceu pessoalmente.

Então, em 2011, sem aviso, Satoshi silenciou, cortando a comunicação. “Eu gostaria que você não continuasse falando de mim como uma figura misteriosa e sombria”, ele disse a Andresen em sua última troca de e-mails.

Nos anos seguintes, sua identidade se transformou em uma obsessão da indústria tecnológica.

— Você é puxado para esse buraco negro. A atração é muito grande. A identidade de Satoshi é um dos maiores mistérios da história da tecnologia — disse Andy Greenberg, um repórter de tecnologia de longa data que escreveu um livro sobre criptomoedas.

Inventor ou 'brilhante farsante'

Quase ninguém tinha ouvido falar de Wright até 2015, quando Greenberg escreveu um artigo para a Wired argumentando que ele provavelmente seria Satoshi. O artigo foi baseado em parte em e-mails privados e transcrições fornecidas vazados por uma fonte anônima:

“Fiz o meu melhor para tentar esconder o fato de que estou comandando o bitcoin desde 2009. No final disso, acho que metade do mundo vai saber”, disse Wright num desses e-mails.

O artigo incluía uma ressalva: “Ou Wright inventou o bitcoin, ou ele é um brilhante farsante que quer muito que acreditemos que ele fez isso”.

A Wired não revelou sua fonte, e Wright negou ser o responsável pelo vazamento. Na época, ele operava às margens da indústria de criptomoedas. Ele era autor de alguns posts em blogs sobre bitcoin e tinha participado de uma conferência sobre o tema em Las Vegas.

Ele também enfrentava sérios problemas financeiros. No início de 2015, meses antes de a Wired publicar seu artigo, ele estava envolvido em disputas com um escritório tributário australiano, que o acusava de atrasar documentos e conduzir “transações falsas”, mostram registros do tribunal.

Wright precisava de um novo rumo na vida. Um ex-colega colocou-o em contato com Calvin Ayre, um empresário que fez uma fortuna na indústria de apostas esportivas e queria investir em criptomoedas. Canadense, Ayre tinha pelo menos US$ 1 bilhão no início dos anos 2000, segundo a Forbes. Em 2012, o Departamento de Justiça dos EUA o acusou de operar um negócio de jogos de azar online ilegal. Ele se declarou culpado de uma contravenção e evitou a prisão.

Antes do artigo da Wired ser publicado, Wright encontrou-se com Ayre em Vancouver, British Columbia, onde discutiram “tudo sobre bitcoin”, de acordo com um relato que Ayre deu em 2022. Ele e um parceiro de negócios planejaram oferecer financiamento a Wright e publicizar sua reivindicação de ser Satoshi.

O acordo final, descrito em documentos judiciais em Londres, incluía um empréstimo de 2,5 milhões de dólares australianos para resolver os problemas fiscais de Wright. Também fez de Wright o cientista-chefe de uma nova empresa, que teria “direitos exclusivos sobre a história de vida de Craig.”

Mas, quando o artigo da Wired apareceu em dezembro, ele recebeu uma reação cética. Wright não havia dado uma entrevista, o que significava que algumas questões cruciais permaneciam sem resposta. A Forbes apontou que o currículo de Wright parecia exagerar suas credenciais. E, de qualquer forma, havia apenas uma maneira definitiva de provar que ele havia escrito o documento fundador do bitcoin: o verdadeiro Satoshi teria acesso a chaves criptográficas desbloqueando seu tesouro em criptomoedas.

Os apoiadores de Wright elaboraram um plano para provar que a reivindicação de Satoshi era genuína. Em 2016, eles levaram Andresen a Londres, na esperança de garantir o endosso do antigo colaborador de Satoshi, que era uma das figuras mais confiáveis no mundo do bitcoin. Em uma sala de conferências de hotel, Wright fez uma demonstração destinada a provar a Andresen que ele controlava as chaves privadas de Satoshi.

Andresen, ainda sonolento após seu voo noturno vindo de Boston, ficou impressionado. Em um post no blog intitulado “Satoshi”, ele deu seu endosso, dizendo que a demonstração de Wright provou que ele havia inventado o bitcoin.

“Eu vi a pessoa brilhante, opinativa, focada, generosa — e que busca privacidade — que corresponde ao Satoshi com quem trabalhei”, escreveu Andresen.

Os apoiadores de Wright viram uma oportunidade de lucrar. Ele era a "galinha dos ovos de ouro", disse um de seus apoiadores ao autor Andrew O'Hagan. Logo, Wright deveria tornar a prova criptográfica pública e encerrar o mistério de Satoshi para sempre.

Mas, quando o dia chegou para a grande revelação, Wright não ofereceu nenhuma prova. Em vez disso, ele publicou um post em um blog repleto de jargões sobre os mecanismos das "assinaturas digitais".

Os entusiastas de criptomoedas descartaram Wright como um charlatão. "Estou começando a duvidar de mim mesmo e imaginando maneiras inteligentes com as quais você poderia ter me enganado", escreveu Andresen em um e-mail para ele.

Andresen não respondeu a pedidos de entrevista. Mas sua correspondência com Wright o deixou ainda mais confuso, ele testemunhou em um depoimento anos depois. "Não me lembro de ter pensado em nada além de 'talvez Craig Wright seja louco'", disse ele.

Por que reivindicar ser Satoshi?

Quase ninguém sabe tanto sobre Craig Wright quanto Arthur van Pelt. Um blogueiro prolífico, van Pelt é a figura dominante em um pequeno, mas entusiasmado canto da internet onde historiadores obsessivos pela saga de Satoshi dissecam a campanha legal de Wright.

Van Pelt volta repetidamente a uma questão psicológica-chave: o que motivaria alguém a insistir que inventou o bitcoin se não o fez?

Ao longo dos anos, van Pelt disse em uma entrevista, ele considerou várias respostas possíveis, desde fama e dinheiro até traumas familiares. Em um processo judicial, Wright encomendou uma declaração médica de um psicólogo que o havia diagnosticado com autismo e descreveu seus problemas com um pai "volátil" e "abusivo".

"O sentimento que Craig Wright tem é que ele nunca foi suficiente", disse van Pelt.

Festas extravagantes com sushis sobre modelos nuas

Mesmo depois que Wright falhou em produzir a evidência, ele manteve um grupo de seguidores leais online. Ele não tinha acesso às chaves privadas de Satoshi, ele afirmou no tribunal, porque havia destruído um disco rígido contendo-as; ele descreveu isso como uma decisão impulsiva, em parte relacionada ao seu autismo.

Ayre ficou ao seu lado, e em 2018, ele e Wright lançaram o Bitcoin Satoshi Vision, que é negociado a cerca de 70 dólares por moeda, uma fração ínfima do preço do bitcoin. Wright supervisionou seu desenvolvimento nos escritórios da nChain, uma empresa que Ayre financiou como um veículo para converter as ideias de seu parceiro sobre criptomoedas em um portfólio de patentes.

Na nChain, Wright era um chefe difícil, propenso a gritar, disseram quatro pessoas que trabalharam com ele. Ele gostava de ostentar sua riqueza, gabando-se de que tinha mais dinheiro do que todo o país de Ruanda. Funcionários da nChain compareciam a festas extravagantes em Londres: em um evento memorável, organizado por Ayre, os convidados comiam sushi nos corpos de mulheres nuas, enquanto artistas vestidos de samurais pairavam por perto, disseram duas das pessoas.

Rejeitado por grande parte da indústria de criptomoedas, Wright pressionou sua reivindicação de ser Satoshi nos tribunais, buscando litígios que Ayre ajudou a financiar. Em 2022, sua batalha por difamação chegou à Noruega, onde Magnus Granath, um entusiasta pouco conhecido de bitcoin que o acusou de fraude nas redes sociais, ganhou um julgamento contra ele. Naquele ano, Wright também processou os codificadores do bitcoin, alegando violação de direitos autorais.

“Ele parece ter dinheiro suficiente e apoio de outras pessoas para poder concretizar suas ameaças de arruinar financeiramente as pessoas ao trazer litígios caros”, disse Steve Lee, um gerente da Block, uma empresa que Dorsey cofundou após o Twitter, em uma declaração judicial no ano passado.

Inteligente, mas delirante

Lee fazia parte de uma coalizão de empresas de criptomoedas proeminentes chamada Aliança de Patentes Abertas de Cripto, ou COPA, que foi fundada para impedir que regras de patentes prejudicassem o desenvolvimento da tecnologia de criptomoedas. Em 2021, os advogados de Wright pediram à COPA e seus membros para remover o documento inicial do bitcoin de seus sites. A COPA respondeu processando Wright na Alta Corte de Londres, buscando uma decisão de que ele não inventou o bitcoin.

Conforme a litigação se intensificava, Christen Ager-Hanssen, um investidor de risco, juntou-se à nChain e ajudou a supervisionar os assuntos legais de Wright. Ager-Hanssen tem um talento para o drama: ele admitiu gravar secretamente reuniões e gosta de comparar seu trabalho aos romances de John Grisham. No outono passado, ele mudou de lado, dizendo que não acreditava nas reivindicações de Wright.

Nas redes sociais, ele postou um e-mail que parecia mostrar que o relacionamento de Wright com seu patrocinador estava começando a azedar. “Em cada centavo gasto em seus casos, estou desperdiçando a herança dos meus filhos”, escreveu Ayre. (Em um post na plataforma social X que foi citado no tribunal, Ayre pareceu reconhecer que o e-mail era autêntico.)

Em entrevista, Ager-Hanssen disse que Wright lhe pareceu inteligente, mas delirante, alguém que claramente desfrutava dos adornos da riqueza e do status. Ainda assim, ele disse, achou difícil entender por que Wright passou tantos anos tentando provar que inventou o bitcoin.“Esta é a minha maior pergunta”, disse Ager-Hanssen. “Eu acredito que ele pensa que merece ser Satoshi.”

Documentos adulterados

À primeira vista, a página de anotações rabiscadas em um bloco de notas Quill parece um artefato de potencialmente grande importância histórica. Datadas de agosto de 2007, as anotações resumem uma reunião que Wright teve com um colega na qual discutiu uma nova forma de dinheiro digital que passa diretamente de pessoa para pessoa, sem um intermediário para supervisionar a transação. Uma lista de passos a seguir menciona um "documento", programado para ser publicado em 2008.

As anotações faziam parte de um conjunto de mais de 100 "documentos de confiança" que Wright apresentou na Alta Corte como evidência de que ele inventou o bitcoin - a "reclamação de identidade", como o juiz descreveu. Antes do início do julgamento em fevereiro, um especialista forense contratado pela COPA submeteu ao tribunal uma análise que constatou que a grande maioria dos documentos havia sido adulterada.

O próprio bloco de notas usado no documento inicial era uma evidência de adulteração. Um depoimento sob juramento da fabricante Hamelin Brands revelou que o bloco de notas não entrou em circulação até 2012, quatro anos após o bitcoin ter sido inventado. Wright testemunhou no primeiro semana do julgamento e insistiu que a empresa estava enganada sobre a origem de seu próprio bloco de notas.

"Dr. Wright," respondeu o advogado da COPA, "você está inventando isso conforme avança."

Conforme o julgamento chegava ao fim em março, alguns dos apoiadores de Wright, principalmente investidores em Bitcoin Satoshi Vision, se reuniram na sala do tribunal para assistir ao seu último ato. Ayre não estava entre eles. Ele havia escrito algumas mensagens de apoio para Wright no X, mas passou a manhã dos argumentos finais em uma piscina, bebendo cerveja e postando trechos de "O Poderoso Chefão" nas redes sociais.

Enquanto a equipe jurídica de Wright tentava abordar as alegações de falsificação, Ayre começou a enviar mensagens de texto para um repórter do New York Times. "Bêbado e feliz", ele escreveu em uma das dezenas de mensagens cheias de erros de digitação. (Os textos vieram de um número que Ayre havia usado no passado; posteriormente, foi desconectado.)

O julgamento foi sobre "poderes antigos querendo retardar a inovação", escreveu Ayre. Ele usou uma série de expressões vulgares para descrever seus rivais comerciais e disse que apenas um "idiota" não acreditaria em Wright.

"Craig é Satoshi", declarou Ayre. "Ele também tem 14 anos de idade."

Fim de um 'reinado de terror'

Alguns minutos depois, o juiz que supervisionava os procedimentos, James Mellor, proferiu uma decisão do banco. "Dr. Wright não é a pessoa que adotou ou operou sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto", disse ele.

Os fãs de criptomoedas celebraram online, proclamando o fim de um "reinado de terror". Dorsey, o fundador do Twitter, postou o texto completo da decisão de Mellor. Em uma conclusão, os advogados da COPA pediram que os documentos do tribunal fossem encaminhados aos promotores britânicos, que poderiam investigar se Wright havia cometido perjúrio.

Uma vez o homem mais falante da indústria, Wright ficou em silêncio. Ele não atendeu a ligações ou mensagens solicitando uma entrevista, e seu nome não aparece mais no site da nChain. (A empresa não respondeu a mensagens em busca de comentários.)

Na semana seguinte à decisão, arquivos corporativos na Inglaterra mostraram que Wright estava transferindo ativos no valor de até 20 milhões de libras para uma entidade offshore. A COPA argumentou que ele poderia estar protegendo-os de apreensão pelo tribunal, e Mellor ordenou o congelamento de seus ativos.

A COPA tem "uma reivindicação muito poderosa para ser concedida uma quantia muito substancial", disse o juiz.

Nesta semana, Mellor elaborou suas conclusões em uma decisão de 231 páginas, afirmando que Wright havia forjado inúmeros documentos. "Ele não é tão inteligente quanto pensa que é", escreveu Mellor.

Wright já abandonou sua ação por difamação, bem como um processo que moveu contra desenvolvedores de bitcoin. Mas uma mensagem postada em sua conta do X na segunda-feira disse que ele planejava recorrer da decisão da COPA.

O mistério da criação do bitcoin parece provável que persista. Uma manhã, no trecho final de COPA v. Wright, um homem loiro de boné de beisebol entrou na galeria, sentando-se entre um grupo de repórteres antes de iniciar uma conversa. A princípio, ele revelou pouco sobre si mesmo, além de sua devoção à segurança pessoal. Um colete à prova de balas que começou a usar após um acidente de moto servia como um conveniente "colete à prova de facadas", explicou - nenhum faca poderia penetrar nele.

Mas por que ele apareceu no julgamento de Wright? Ele se inclinou para sussurrar um segredo: ele era o verdadeiro Satoshi Nakamoto.

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