Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) divulgados na manhã desta terça-feira pelo IBGE mostram que a indústria brasileira foi o único setor da economia a ter queda no primeiro trimestre.
- Ranking animado: PIB do Brasil subirá uma posição e será o 8º no ranking global. Confira
- Já mentiu no currículo? Conheça os ‘detetives’ de RH e veja como são checados dados de candidatos a emprego
A produção industrial, medida pelo PIB, sofreu retração de 0,1% na comparação com o último trimestre de 2023, já com ajuste sazonal. A agropecuária teve forte expansão: 11,3%. Já o setor de serviços teve alta de 1,4%.
Rebeca Palis, coordenadora de contas trimestrais do IBGE, explica que a indústria segue enfrentando os mesmos desafios ao longo dos anos, com baixa competitividade. O setor continua sob "o mesmo raciocínio dos demais trimestres", com estabilidade de um trimestre para o outro, diz ela:
— Estamos num patamar 7,2% abaixo do terceiro trimestre de 2013, especialmente por causa da indústria de transformação. Este segmento está 17,8% abaixo do pico do terceiro trimestre de 2008 — afirma.
Esses foram os resultados pela ótica da produção, ou seja, dos setores que produzem bens e serviços. Considerando a ótica da demanda - ou seja, olhando para quem consome os produtos e serviços da economia -, os investimentos registraram a maior expansão: 4,1%. Essa foi a alta da chamada formação bruta de capital fixo.
Já o consumo das famílias teve alta de 1,5% e as despesas do governo ficaram estagnadas. As exportações cresceram 0,2% e as importações, 6,5%.