Negócios
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Por — Manaus*

A empresária Luiza Trajano, fundadora da rede Magazine Luiza, afirmou que o resultado da taxação de importações de até US$ 50, que ficou conhecida como "taxa da blusinha", ficou justo, mesmo que o percentual de 20% de cobrança tenha ficado abaixo do solicitado inicialmente.

— Isso não afeta o Magazine, nosso ticket é maior, minha luta é pela pequena e média empresa. Afetou profundamente as pequenas e médias empresas de indústrias de confecção. Ficou os 20%, e ficamos felizes, é mais justo. Você pode comprar uma camisa mais barata com a isenção, mas você tira o emprego que vai fazer as pessoas terem o dinheiro para comprar a camisa — afirmou.

A Câmara concluiu nesta semana a votação do projeto que determinou a cobrança de 20% de Imposto de Importação para compras internacionais de até US$ 50, antes isentas desse tributo. Além disso, será pago um percentual de 17% de ICMS, como já ocorre hoje. O projeto foi para sanção do presidente Lula.

Trajano conversou com O GLOBO em Manaus, em evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para ela, as empresas brasileiras precisam ter direitos maiores que as estrangeiras para continuar gerando empregos.

Luiza Trajano disse ainda que manter a isenção para os importados mais baratos não teria problema, desde que o mesmo benefício se estendesse para as indústrias nacionais.

— Não taxar as compras de até US$ 50 não teria problema, mas teria que dar para as empresas brasileiras os mesmo direitos. Nossa luta era para que caso se mantivessem a isenção dos importadores até US$ 50, que dessem a mesma isenção até US$ 50 para nós. Passou os 20%, não era o ideal, mas tem alguma coisa para brigar de igual para igual.

Sustentabilidade

A dona do Magazine Luiza ainda defendeu o investimento em atividades econômicas para a população que vive na floresta Amazônica, desde que se mantenha a mata de pé. Para ela, o desmatamento ocorre, muitas vezes, porque quem mora nessas áreas precisa se sustentar.

— Minha proposta é sair do diagnóstico, todo mundo sabe do clima. Se não der condições para as pessoas da floresta sobreviverem, não vai ter condições de terminar isso nunca. A biodiversidade, o artesanato, dar condições para as pessoas viverem da floresta em pé é essencial. A gente percebe que as pessoas não tem o que comer, se ela não vender a madeira — disse.

A empresária sugere programas de incentivo para venda em escala dos produtos sustentáveis que saiam da floresta, incluindo cosméticos e uso medicinal de plantas.

— Desenvolver o empreendedorismo e dar mercado para isso, até internacional, não adianta fazer um artesanato e não ter onde vender. O uso medicinal das plantas, dar escala.

Dar incentivo, marketing, design, um programa 360 graus, com governo e iniciativa privada, para dar escala de venda.

Trajano defende que radicalismos sejam deixados de lado para um diálogo mais produtivo sobre o desenvolvimento sustentável. Ela usou o exemplo da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, e cuja manutenção recebeu críticas de ambientalistas.

— É preciso sentar na mesa para ver o que não acaba com a floresta e pode ter um pouco de desenvolvimento com a floresta em pé, essa é a equação. Como vamos arrumar uma estrada sem acabar com a floresta? A estrada da existe, está lá. Se eu só for contra consertar estradas, não estou vendo os outros lados. Agora, não posso consertar a estrada a qualquer custo. Como manter a floresta em pé, essa é a equação.

*A repórter viajou a convite do BID

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