Economia
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Por — Rio de Janeiro

Qualquer pessoa que esteja de olho no mercado imobiliário nas últimas duas décadas saberá que, em muitos países, o custo de vida aumentou de forma significativa, e se tornou a cada ano mais difícil comprar um imóvel próprio, inclusive no Brasil. Mas um novo relatório, divulgado anualmente pela Demographic International Housing Affordability, criou uma categoria que rotula algumas grandes cidades como “totalmente inacessíveis”.

O levantamento comparou a renda média das cidades com os preços médios das casas, e concluiu que a procura imóveis com espaço exterior, impulsionada pela pandemia, as políticas de utilização do solo destinadas a limitar a expansão urbana e a acumulação de investidores nos mercados fizeram com que os preços disparassem.

Cidades dos Estados Unidos na Costa Oeste e no Havaí ocuparam cinco dos 10 locais mais inacessíveis, como San José, Los Angeles, São Francisco e San Diego. A capital havaiana de Honolulu também é mencionada em sexto lugar entre os 94 principais mercados pesquisados pelo órgão, que acompanha o mercado imobiliário internacional há 20 anos.

A Austrália é o único outro país, além dos EUA, a dominar a lista, liderada por Sydney e pelas cidades do sul de Melbourne, em Victoria, e Adelaide, no sul da Austrália.

Mas no topo da tabela de classificação global está Hong Kong, o compacto centro financeiro asiático conhecido pelos seus pequenos apartamentos e rendas altíssimas. É o único mercado chinês que surge no relatório.

Comum nos rankings de cidades “mais caras”, Hong Kong tem a taxa de aquisição de habitação mais baixa de todas as cidades pesquisadas, apenas 51%, em comparação com a sua rival asiática, Singapura, onde a aquisição de habitação atinge os 89% devido ao compromisso de décadas do governo para habitação pública.

No entanto, a situação de Hong Kong já foi pior. Os preços das casas caíram durante a pandemia em 2020, quando o governo fechou as fronteiras da cidade e impôs uma política de zero Covid – isso além das novas leis de segurança nacional que tiveram um efeito inibidor na cidade.

Por que preços tão altos?

O relatório mede a acessibilidade utilizando um rendimento do preço médio da habitação dividido pelo rendimento familiar médio bruto.

O aumento do home office durante a pandemia causou um “choque de procura” de casas com mais espaço exterior e fora dos centros urbanos, o que pode ter causado uma elevação nos preços. As políticas de utilização dos solos, incluindo a “contenção urbana”, um tipo de planejamento concebido para impedir a expansão urbana, também influenciaram nos números.

“A classe média está cercada principalmente devido à escalada dos custos da terra. À medida que a terra foi racionada num esforço para conter a expansão urbana, o excesso de procura sobre a oferta fez subir os preços”, afirma o relatório.

O relatório também identifica as cidades mais acessíveis das 94 pesquisadas em todo o mundo. São Pittsburgh, Rochester e St Louis nos EUA; Edmonton e Calgary no Canadá; Blackpool, Lancashire e Glasgow no Reino Unido; e Perth e Brisbane na Austrália.

O relatório foi compilado por pesquisadores do Centro de Demografia e Política da Universidade Chapman, na Califórnia, e do Frontier Center for Public Policy, um grupo de reflexão independente sobre políticas públicas no Canadá.

As 10 principais cidades “totalmente inacessíveis”

  1. Hong Kong
  2. Sidney
  3. Vancouver
  4. São José
  5. Los Angeles
  6. Honolulu
  7. Melbourne
  8. São Francisco/Adelaide
  9. São Diego
  10. Toronto

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