Economia
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Por — Brasília

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GERADO EM: 19/06/2024 - 19:42

Críticas a decisão do BC de manter juros

Aliados de Lula criticam decisão do BC de manter juros em 10,5%, apontando viés político de Campos Neto. Oposição vê instabilidade no governo e economistas defendem a precisão da manutenção da taxa.

Aliados mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter a taxa básica de juros Selic em 10,5%. Eles avaliaram a manutenção como anacrônica com os indicadores econômicos e apontam viés político do presidente da instituição, Roberto Campos Neto. A decisão do colegiado, contudo, foi unânime, o que incluiu o voto de diretores indicados pelo governo petista.

– Foi uma decisão anacrônica com a realidade a economia, a inflação está sob controle, os dados da economia brasileira estão pujantes. O Copom vota contra o Brasil, é um voto que parece oposição partidária para sabotar o Brasil e sabotar o governo brasileiro – disse o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

E completou:

– O Copom caiu no conto do Campos Neto. Essa decisão é a partir da percepção de Campos Neto, junto com a festa que o Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo) fez para ele.

Nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa de São Paulo, ao lado do governador Tarcísio de Freitas, aliado de Jair Bolsonaro.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o BC se rende a especulações exageradas do mercado.

– Não há justificativa técnica, econômica e muito menos moral para manter a taxa básica de juros em 10,5%, quando nem as mais exageradas especulações colocam em risco a banda da meta de inflação. E não será fazendo o jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar credibilidade, nem hoje nem nunca.

Para o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o resultado era esperado e que o BC aponta para uma política contracionista, mas que o governo não pode sacrificar programas sociais. Para ele, existem cortes que podem ser feitos em benefícios tributários.

– O que eu sei é que a taxa de juros chamada de neutra é 8,5%, então quando você mantém em 10,5% você aponta para uma política contracionista. O presidente está sempre debruçado com isso (corte de gastos). Só que despesa não é oriunda só do Executivo, são várias despesas que são despesas tributárias, como se fala. Essas são umas. O presidente já foi claro para mim, corte de gasto tudo bem, só não vou fazer corte de gasto em cima do social.

Para parlamentares da oposição, a decisão do Copom reflete o momento de instabilidade do governo.

— Não me surpreende em nada. Um país que está caminhando para uma aguda crise econômica. Aumento da inflação, quem está na gôndola do supermercado sabe disso. Como reduzir juros em uma situação de irresponsabilidade do governo? — disse o líder do PL, Carlos Portinho (PL).

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