Em grandes eventos, as principais fontes de emissão de carbono são o transporte de pessoas e equipamentos, a geração de resíduos e o consumo de energia. Na última edição do Rock in Rio, a pegada de carbono foi de cerca de 60 mil toneladas. Das 22 edições realizadas desde que o evento foi criado, 18 tiveram suas emissões neutralizadas e 430 mil toneladas foram compensadas por meio de projetos de reflorestamento.
Já foi plantado 1 milhão de árvores na Amazônia com essa finalidade. A próxima edição do festival, em setembro, vai contar com esse projeto para compensar as emissões dos sete dias de show.
O grupo GL events, responsável pela gestão do Riocentro e da Farmasi Arena, na Zona Oeste, entre outros, também tem investido para reduzir sua pegada de carbono.
— Desde 2017, todas as operações da GL events no Brasil têm energia 100% renovável e internacionalmente certificada — diz Bruno Henrique, diretor de Marketing da GL events no Brasil.
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Encontros menores
Isso é feito por meio da compra de certificados que garantem que uma quantidade de energia renovável equivalente à fornecida pelas distribuidoras às instalações da empresa seja injetada no sistema elétrico. Essa compensação é o que “nos permite afirmar que nossa operação é carbono zero”, explica Henrique.
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Em eventos menores, como corporativos, a vontade de compensar a pegada de carbono esbarra na falta de previsão. José Marques, da Casa Causa, que atua com sustentabilidade em eventos, afirma que o tema tem sido mais recorrente, mas é comum que o custo não seja orçado no início do projeto.
— Embora o custo do crédito de carbono seja pequeno, como não é previsto quando o orçamento é criado, acaba ficando de fora .