A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira que seria "saudável" a autonomia do Banco Central, mas questionou o mandato de dois anos. A auxiliar de Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que acredita que um ano seria "mais do que suficiente" para se adequar e "passar o bastão".
— Acho que seria saudável a autonomia do BC, mas questionei esses dois anos do presidente do BC de governos passados. Fiz esse questionamento aqui. Acho que um ano é mais do que suficiente, que é o tempo de se adequar e passar o bastão. Mas, repito, não é porque isso significa interferência do Executivo ou do Legislativo no Banco Central. Isso não é permitido porque a autonomia do BC está aí — afirmou Tebet a jornalistas no Senado.
A ministra afirmou que o mandato de dois anos "cria estresse, ruído".
- Dólar segue em disparada: De quem é a culpa? Analistas respondem
— Dois anos acho que cria esse estresse, esse ruído. Um ano que possa ter alguém que possa ter diálogo institucional, jamais de vinculação ou direcionamento de política monetária, mas um diálogo institucional mais fácil, seja esse presidente ou o próximo.
Lula voltou a fazer uma série de críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devido à manutenção da taxa básica de juros em 10,5% ao ano, que interrompeu uma sequência de redução nos juros iniciada em agosto de 2023.
Nova composição: Presidente e diretores do Banco Central
![Roberno Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/qJfwkzrSB6zH5ZHhajfadn2V0RI=/0x0:799x523/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/5/LUA3gNQcA0LBMZuDzwXw/raphael-ribeiro.jpg)
![Roberno Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/_Yze9bgD4OqW0PAAq72rhceqz2M=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/5/LUA3gNQcA0LBMZuDzwXw/raphael-ribeiro.jpg)
Roberno Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
![Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/OBLOCk_k3tRNmwMoNU1Hf_iiLbo=/0x0:799x533/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/o/s/ZuErAPT4aIbGuTbUNRxw/53022363349-cca73851a0-c-1-.jpg)
![Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/gui7exO6PSl7m-qlQ_nqCZPbG_U=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/o/s/ZuErAPT4aIbGuTbUNRxw/53022363349-cca73851a0-c-1-.jpg)
Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária — Foto: Pedro França/Agência Senado
Publicidade
![Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/xCsp0sfDNhTDbZ27ginQviwcCCw=/0x0:799x533/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/a/W/ZGsnccTXu2u9XUSlaPbA/53022382011-aa7bc23d68-c.jpg)
![Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização — Foto: Pedro França/Agência Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/Ij7I51Gmy_YxkSXT1NNym37_tDA=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/a/W/ZGsnccTXu2u9XUSlaPbA/53022382011-aa7bc23d68-c.jpg)
Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização — Foto: Pedro França/Agência Senado
![Carolina Barros, diretora de Administração — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/fAp769EuGmwg7lezp9hp2mJZcjU=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/I/U/EyRaQaSOCsUf9A5NlgDw/diretora-de-administracao-carolina-barros.jpg)
Carolina Barros, diretora de Administração — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Publicidade
![Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/SXOdD7veQ099ZyZhrAWxUSFhfqo=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/A/K/c11fmHQOyzZURc61mUPA/diretor-de-politica-economica-diogo-abry-guillen.jpg)
Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
![Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/LhV7kr83n_UlSYxcf5TYxLdNODs=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/q/R/hpZtukTUGHrfxSJU62KA/mauricio-moura-diretor-de-relacionamento-cidadania-e-supervisao-de-conduta.jpg)
Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Publicidade
![Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução — Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado](https://s2-oglobo.glbimg.com/oOKm4-wgbhiyNRuq9ln1Mw9-5Xs=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/Y/buuK3KSsSShW1mNXtyBQ/renato-foto-alessandro-dantas.jpg)
Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução — Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado
![Otávio Damasco, diretor de Regulação — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/ETCOCP2MpFbX4zOBpbvZ2EmSYaE=/799x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/S/7/s2mpC2RP2hPb2aTE0t7Q/otavio-damasco-diretor-de-regulacao.jpg)
Otávio Damasco, diretor de Regulação — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Publicidade
![Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Raphael Ribeiro/BCB](https://s2-oglobo.glbimg.com/kz6LFrTe85k-vwnEOeAPu3q2LOA=/602x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/Q/I/0yrMFTRoiXo7rhHozPDA/e62a7332-4b42-4329-80eb-22dc4f9d5be4.jpg)
Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Lula já afirmou que é "absurdo" governar durante dois anos com um presidente do Banco Central indicado por um ex-presidente. Roberto Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem Lula chamou de "adversário" em sua declaração.
— O Banco Central tem autonomia, o cidadão tem mandato. Veja que absurdo: eu ganhei as eleições pra Presidência da República e vou ficar dois anos com um presidente do Banco Central indicado pelo adversário, que pensa ideologicamente diferente de mim, que pensa economicamente diferente de mim — declarou.
Nesta terça-feira, o presidente também afirmou que a alta do dólar preocupa e que a depreciação do real faz parte de um jogo "especulativo" e de "interesses". Ontem, a moeda americana fechou em R$ 5,65, o maior patamar desde janeiro de 2022. Em nova crítica a Campos Neto, Lula afirmou que o comandante do BC tem "viés político".
— O que não dá é você ter alguém dirigindo o Banco Central com viés político. Definitivamente eu acho que ele tem um viés político. Mas, veja, eu não posso fazer nada. Ele é presidente do BC, tem mandato, foi eleito pelo Senado, tenho que esperar acabar o mandato e indicar alguém — disse Lula.