Economia
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Por e — Rio e São Paulo

A inflação de junho, medida pelo IPCA e divulgada hoje pelo IBGE, ficou abaixo do esperado pelos economistas e analistas de mercado. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, comemorou o resultado como um sinal de que a inflação está convergindo para a meta estabelecida para o Banco Central do Brasil, que é de 3% anuais, e abre a perspectiva de retomada dos cortes dos juros.

Segundo o IBGE, a inflação desacelerou em junho e subiu 0,21%. Em maio, o IPCA havia ficado em 0,46%. Em 12 meses até junho, a alta de preços ficou em 4,23%, ainda dentro do intervalo de 1,5% de tolerância da meta.

Para Mello, a desaceleração em junho destoando das projeções é uma evidência de que o Banco Central terá condições de retomar em breve o que chamou de um ciclo "sustentável" de corte da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,5% ao ano.

— Há um cenário propício para que em breve, talvez no começo do próximo ano, nós retomemos um caminho de redução sustentada da taxa de juros — afirmou o secretário em sua participação na manhã de hoje da live sobre crédito para pequenas empresas da série "Caminhos do Brasil", realizada pelos jornais O GLOBO e Valor Econômico e pela Rádio CBN, com patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas federações.

O secretário comentou que o IPCA de junho, divulgado hoje, veio “com uma surpresa muito positiva" e "significativamente abaixo das expectativas do mercado", mas admitiu o cenário internacional adverso, com juros altos nos EUA.

Por outro lado, avaliou que há sinais de que o Fed, banco central americano, pode cortar juros a partir de setembro, abrindo espaço para que o BC retome a redução de juros no Brasil.

— Nós temos um caminho onde a inflação está convergindo para a meta. Claro, há turbulências internacionais, mas também já há sinais de que o BC americano a partir de setembro vai começar a reduzir os juros.

Ele comentava que o país tem o desafio de trazer a Selic para um patamar mais próximo da taxa neutra, ou seja, que não contrai nem aquece a economia.

— A taxa neutra do país deve estar em torno de 8% a 9%. E estamos com a Selic em 10,5%, bastante acima, então há espaço para reduzir a taxa para patamar mais próximo do neutro.

Ele destacou que uma redução estrutural da Selic para um patamar de 8% a 9% num cenário de inflação entre 3,5% e 4%, dentro do limite de tolerância da meta, vai se refletir numa redução do custo de crédito para as pequenas empresas.

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