Leilão para compra de arroz continua no radar do governo, diz ministro

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Ele citou dados de uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq), da Universidade de São Paulo, segundo a qual o preço do produto vem subindo antes mesmo da tragédia no Rio Grande do Sul, marcadas por inundações causadas pelo excesso de chuvas no estado, no fim de abril.

De 13 de março a 9 de abril, o valor da saca de 50 quilogramas aumentou de R$ 99,54 para R$ 100,65. Quando saiu a notícia de que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) faria um leilão para a compra de arroz importado, o preço caiu de R$ 118,35 para R$ 112,34. Agora, o valor está acima de R$ 114.

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— Os produtores garantiram preços baixos, mas estamos com uma pesquisa em todas as capitais, que indicam preços altos. Essa realidade está se estendendo muito. O governo não retirou de seu radar a decisão de fazer o leilão — afirmou o ministro.

No mês passado, depois de negociar a compra de 263 mil toneladas de arroz, o governo decidiu cancelar o leilão por suspeitas de irregularidade. Entre os problemas encontrados, havia empresas completamente inexperientes que ofereceram propostas, gerando suspeitas e críticas. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi demitido.

Paulo Teixeira afirmou que, desta vez, caso o governo decida fazer o leilão, o edital passará por ajustes:

— Não poderá entrar nenhum aventureiro — disse Teixeira.

Enquanto não é tomada uma decisão, o governo tem feito o monitoramento dos preços. O ministro disse que há um diálogo constante com produtores, indústrias e atacado.

— Nosso sentimento é que não houve recuo de preços, embora os produtores tenham afirmado que não sofreram perdas com as enchentes — afirmou.

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Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo deu início à retomada dos estoques reguladores. Essa política foi abolida na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Até o momento, só há milho nos armazéns da companhia e o arroz seria o segundo item. Por esse mecanismo, o governo usa os estoques para aumentar ou reduzir a oferta, o que reduz ou aumenta o preço do produto, conforme a conjuntura.