Economia
PUBLICIDADE
Por — Rio de Janeiro

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 12/07/2024 - 12:05

Impacto da Reforma Tributária nos Preços dos Produtos e Serviços

A Reforma Tributária impactará preços de alimentos, remédios e serviços. Carnes e queijos terão isenção, enquanto cerveja e vinho terão aumento. Eletrodomésticos devem ficar mais baratos, mas serviços como advogados e contas de consumo podem subir.

Como a Reforma Tributária vai aumentar os preços dos produtos? Na votação do projeto na Câmara que regulamenta a reforma, parlamentares aprovaram uma série de exceções no texto que ampliam a lista de itens na cesta básica, isentos de impostos, e concederam descontos a outros alimentos, como salmão e atum.

Além disso, a tributação dos remédios ficará menor, com mais produtos na alíquota reduzida em 60%, como antigripais. Com esse desconto, esses produtos pagarão 10,6% de imposto.

Na cesta de compras, o consumidor deve ter alívio em uma gama de produtos. Do filé mignon passando pela costeleta de porco e a tilápia, as carnes ficarão isentas de impostos. Mas o almoço de domingo, com bacalhau e lagostim, ainda vai sair pela alíquota-padrão (26,5%).

De última hora, os parlamentares incluíram também queijos como muçarela, minas, prato, coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão e queijo do reino ficarão isentos.

Já produtos como a cerveja e o vinho foram incluídos no Imposto Seletivo, o chamado imposto do pecado, que terá alíquota maior que a padrão. Francisco Arrighi, consultor tributário e Presidente da Fradema Consultores Tributários, explica que produtos taxados com esse imposto devem sofrer uma forte alta nos preços.

— O imposto do pecado deve aumentar bastante para compensar a isenção que foi concedida em relação à carne vermelha, das aves e dos caprinos. Então, nós vamos ter uma elevação muito grande desses produtos que são prejudiciais à saúde — considera Arrighi.

Eletrodomésticos tendem a ficar mais em conta

Mas os alimentos não são os únicos itens afetados. A proposta que busca simplificar o nó tributário no país deve ter impacto sobre produtos industriais, segundo especialistas.

De acordo com Paulo Henrique Pêgas, professor do MBA em Gestão Tributária da Fipecafi, produtos atualmente tributados com o IPI devem ficar mais em conta. Isso inclui eletrodomésticos, como fogão, geladeira, freezer e micro-ondas, além de roupas, equipamentos esportivos, entre outros.

— Esses produtos têm imposto definido em cima do preço de venda, além disso incide imposto sobre imposto, o que dá uma alíquota de 34%. Se ainda houver cobrança de IPI, como nos eletrodomésticos, o total chega a 48% no modelo atual. Com a reforma, vai cair para 26,5% — diz Pêgas.

Ele explica que hoje a tributação é feita "por dentro", o que significa que o valor do imposto já está incluído no preço total do produto ou do serviço. E não é um valor adicional. Assim, a base para incidir o imposto é o valor de venda da mercadoria. Com a reforma, o imposto será calculado a partir do preço de custo, com alíquota básica de 26,5%.

Serviços e contas de consumo devem subir

Em relação ao preço dos serviços, a expectativa é que fiquem mais caros. Pêgas cita saneamento, contas de água e luz, além de serviços profissionais como os de advogados e arquitetos, que tendem a encarecer. Já serviços de educação podem ficar mais baratos, pois terão alíquota reduzida.

— Para uma pessoa física contratar um advogado para ações pessoais, como um divórcio, é provável que esse tipo de serviço tenha um aumento elevado. Porque o advogado hoje tem uma tributação menor, isso deve aumentar um pouco e logicamente ele vai repassar para o preço do serviço - afirma.

Ele explica que esses profissionais pagam um total de 8,65% em tributos hoje, considerando PIS, Cofins e ISS. Com a Reforma Tributária, a alíquota será de 18,5%.

Já Arrighi acrescenta que, além desses serviços, cosméticos e produtos de beleza também podem ficar mais caros por estarem em uma classificação mais elevada de tributos. Porém, ele ressalva que o texto aprovado pela Câmara dos Deputados ainda precisa ser aprovado no Senado, e que a tendência é haver mudanças.

— Acredito que esse texto deve enfrentar um grande problema no Senado para ser aprovado no formato em que está, e o embate começa já na próxima semana. Eu estou achando essa alíquota básica alta, ela deve passar por um processo de calibragem e o governo vai adaptar de acordo com a subida ou descida de arrecadação — diz ele.

Mais recente Próxima Governo vai ‘lutar’ no Senado para incluir armas na lista do 'imposto do pecado', diz Haddad
Mais do Globo

Wide receiver foi imobilizado de bruços perto de estádio e liberado a tempo de partida do Miami Dolphins contra o Jacksonville Jaguars

Policial que algemou astro da NFL a caminho de jogo é afastado, e atleta quebra silêncio: 'E se eu não fosse Tyreek Hill?'

Como acontece desde 1988, haverá uma demonstração aberta ao público no Centro de Instrução de Formosa, em Goiás

Tropas dos EUA e da China participam de treinamento simultaneamente dos Fuzileiros Navais no Brasil

Auxiliares do presidente veem influência excessiva de integrantes da legenda do deputado em eventos de campanha

Entorno de Lula vê campanha de Boulos muito 'PSOLista' e avalia necessidade de mudanças

Cantor criticou autoridades responsáveis pela Operação Integration; Fantástico, da TV Globo, revelou detalhes inéditos do caso que culminou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra

Com R$ 20 milhões bloqueados, Gusttavo Lima diz que suspeita de elo com esquema de bets é 'loucura' e cita 'abuso de poder': 'Sou honesto'

Investigação começou após a encomenda com destino a Alemanha ser retida pelos Correio; ele criava aranhas em sua própria casa para venda

Homem que tentou enviar 73 aranhas para a Alemanha por correio é alvo da Polícia Federal em Campinas

Um dos envolvidos já havia sido preso e confessou ter entrado em uma briga com as vítimas

Chacina da sinuca: o que se sabe sobre briga após campeonato em Sergipe que terminou com seis mortos, um preso e dois foragidos