Economia
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Por — Rio de Janeiro

O setor de serviços ficou estável em maio, após dois meses de alta. Ainda assim, o resultado veio acima do esperado pelos especialistas, que projetavam baixa de 0,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.

  • O setor de serviços acumula alta de 2% no ano
  • No acumulado nos últimos 12 meses, a taxa é de 1,3%
  • Já em comparação com maio de 2023, o avanço foi de 0,8%

O segmento de transportes, que recuou 1,6%, foi o principal responsável por puxar o setor para baixo, influenciado por uma menor receita de viagens aéreas, de acordo com o IBGE. Outros setores que puxaram para baixo foram informação e comunicação (-1,1%) e em outros serviços (-1,6%).

Já entre os setores que tiveram aumento no volume de serviços, os serviços prestados às famílias cresceram 3%, principalmente com alta nos restaurantes.

“A ocorrência do Dia das Mães pode ter ajudado a explicar esse avanço, por conta de um movimento maior de pessoas que saem para comer fora de casa em reuniões familiares. Além disso, aconteceu o show da Madonna no Rio de Janeiro e eventos de grande magnitude, com grande fluxo de pessoas, costumam impactar essa atividade econômica”, explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares também tiveram alta no mês de maio, com 0,5% de crescimento.

Resultado acima do esperado, apesar das enchentes do RS

Analistas do Itaú consideraram que o setor de serviços trouxe uma surpresa positiva em maio, principalmente os serviços prestados às famílias e transportes. Em relatório, os especialistas do explicaram que o setor de transportes no sul do país, apesar de ter apresentado queda em termos nominais, teve uma alta das receitas reais por conta dos menores preços de pedágio.

"Os serviços prestados às famílias recuperaram integralmente a perda observada no mês anterior, possivelmente explicado por shows e eventos de grande magnitude. De maneira geral, as enchentes do Rio Grande do Sul parecem ter tido efeito menor do que o esperado sobre a atividade econômica em maio e os dados para junho seguem apontando para uma atividade econômica resiliente", publicaram em relatório.

De acordo com Lobo, o Rio Grande do Sul aparece com crescimento de 0,6 no volume de serviços frente à abril, mas isso acontece porque com o episódio das enchentes no mês de maio, houve liberação do fluxo dos veículos nas praças de pedágio do estado, para facilitar os veículos que se deslocavam para levar donativos e operações de resgate e da saída das famílias por terem suas residências alagadas.

— A melhor forma de entender o impacto das enchentes no RS em maio é olhar para a receita nominal, que está com queda de 13,6%, em função do comportamento de deflação das concessionárias de rodovias, com as receitas dos pedágios, e do transporte rodoviário de carga. As enchentes provocaram sobretudo quedas de receitas nos serviços de caráter presencial, com empresas que ficaram submersas, por exemplo, quedas no transporte de passageiros — explica o gerente da pesquisa.

Já para Rodolfo Margato, economista da XP, o resultado foi um pouco melhor do que o esperado, concordando que a maior surpresa positiva vindo de serviços prestados às famílias, incluindo alimentação fora do domicílio (restaurantes) e hospedagens.

— Um desempenho bastante sólido, mesmo com a queda pronunciada no Rio Grande do Sul, como esperávamos devido ao impacto das enchentes. É mais um sinal de solidez do consumo nas famílias, que segue bastante sólido na esteira do aumento da renda disponível. O mercado de trabalho segue firme, com uma boa geração de empregos mês a mês e com os salários reais crescendo, o que mantém o consumo das famílias em trajetória de crescimento, que se refletiu na categoria de serviços — explica Margato.

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