Economia Brasília

Pedidos de seguro-desemprego sobem 14% e já chegam a 4,2 milhões em 2020

Maior parte das solicitações foi feita em São Paulo, Minas e Rio
Carteria de trabalho. Governo não divulgou o total de pessoas que têm direito ao seguro-desemprego e não solicitou Foto: Arquivo
Carteria de trabalho. Governo não divulgou o total de pessoas que têm direito ao seguro-desemprego e não solicitou Foto: Arquivo

BRASÍLIA — O número de pedidos de seguro- desemprego no Brasil já chega a 4,239 milhões no aculumado deste ano, entre janeiro e a primeira quinzena de julho. O dado, divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia, representa uma alta de 13,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Entre os estados, a maior parte dos pedidos foi feita em São Paulo (1,2 milhão), seguido por Minas Gerais (473 mil) e Rio (330 mil).

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Por conta da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, os pedidos de seguro-desemprego dispararam desde abril. O dado se tornou mais um indicador sobre o comportamento do mercado de trabalho formal durante a crise. Em todo o ano de 2019, foram 6,6 milhões de solicitações.

A velocidade dos pedidos, porém, reduziu nas últimas semanas. Na primeira quinzena de julho, foram 288.845 pedidos de seguro-desemprego, uma queda 1,9% na comparação com o ano passado, e uma redução de 4,3% ante a quinzena anterior.

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O governo não divulgou, como vinha fazendo, o total de pessoas que têm direito ao seguro-desemprego e não solicitou. O trabalhador tem 120 dias para solicitar o benefício.

Neste ano, 54,1% dos pedidos foram feitos pela internet. Em abril, como a maioria dos postos do Sine estava fechado, esse número chegou a 86,9%.

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Solicitar o seguro-desemprego pela internet não era a praxe no Brasil, antes da pandemia. Até o início de 2020, mais de 80% das solicitações do benefício foram feitas de forma presencial — nas agências do Sine ou nas Superintendências Regionais do Trabalho.