RIO - Um dia após a Petrobras elevar de uma só vez os
preços de gasolina, diesel e gás de botijão
, a estatal anunciou nesta terça-feira um novo reajuste, dessa vez do gás natural canalizado. A alta será de 7% no preço do insumo vendido a distribuidoras, a partir de 1º de agosto.
O gás canalizado e os combustíveis se somam a outros itens do cotidiano dos brasileiros que está em alta e pressiona a inflação, como os preços de
alimentos e tarifas de energia elétrica
, elevadas por causa da
crise hídrica
.
Além de abastecer residências com infraestrutura de gás canalizado, o combustível produzido pela Petrobras também chega a indústrias por meio de gasodutos. A alta dessa fonte de energia tende a ser repassada para produtos industriais, contribuindo para a inflação.
Para explicar a alta de 7% por metro cúbico, a empresa afirmou que as fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento vinculam o preço à
cotação do petróleo, que vive alta volatilidade
, e à taxa de câmbio. As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais.
No último trimestre, também houve aumento. Em maio, a estatal havia
reajustado os preços em 39% por metro cúbico.
Segundo a estatal, a referência para os contratos a partir de agosto é a cotação dos meses de abril, maio e junho.
"Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais, e o real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar", informou a estatal, em comunicado.
A Petrobras esclareceu ainda que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
"Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas", disse em nota.