RIO - Após vender a refinaria da Bahia para o fundo árabe Mubadala, a Petrobras anunciou que vai se desfazer de sua segunda unidade. A estatal assinou com a Ream Participações, que pertence à distribuidora Atem, contrato para vender a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e seus ativos logísticos associados, no estado do Amazonas. Por outro lado, a estatal disse ainda que a venda da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, não foi bem sucedida.
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O valor da venda é de US$ 189,5 milhões. Desse total, US$ 28,4 milhões serão pagos na assinatura do contrato e US$ 161,1 milhões restantes no momento do fechamento da operação.
A Atem conta com cinco bases de distribuição e 300 postos franqueados. A empresa tem atuação nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Entrevista:
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Segundo a estatal, a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Atualmente, a estatal tem ao todo oito refinarias em processo de venda.
Ainda na noite de quarta-feira, a estatal disse que vai avaliar o futuro da venda da Rnest, em Pernambuco. Os interessados no processo, disse a empresa, “declinaram formalmente de apresentar proposta vinculante para a compra da refinaria”, disse a companhia.
Não foi a primeira vez que a Petrobras recuou da venda de uma refinaria. Em fevereiro, a compahia recebeu propostas abaixo do esperado e suspendeu a venda da unidade no Paraná. Segundo fontes, a companhia já retomou o processo de venda.
A estatal se comprometeu, em acordo com o Cade, a vender metade de sua capacidade de refino para permitir a concorrência privada no setor.
"Até o cumprimento das condições precedentes e o fechamento da transação, a Petrobras manterá normalmente a operação da refinaria e de todos os ativos associados", disse a estatal em nota.
Após o fechamento, a Petrobras informou ainda que vai continuar apoiando a Atem nas operações da Reman de forma a preservar a segurança e continuidade operacional durante um período determinado, sob um contrato de transição.
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Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que já avalia com seu Departamento Jurídico medidas para impedir a venda da Refinaria em Manaus.
Na avaliação da FUP, a venda das refinarias da Petrobras não é garantia de aumento da concorrência e queda nos preços.
Para a FUP, a venda é mais “um movimento de destruição da maior empresa brasileira”.
Inauguração com JK
A refinaria em Manaus foi inaugurada em 1957 com a presença do então presidente Presidente Juscelino Kubitschek. A unidade tem uma capacidade de processamento é de 46 mil barris por dia. A refinaria atende aos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Por outro lado, a estatal disse que a venda da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, não foi bem sucedida. Os interessados no processo “declinaram formalmente de apresentar proposta vinculante para a compra da refinaria”, informou a companhia. conteúdo pop 1308