Economia

PIB do segundo trimestre fica estável ou cresce ligeiramente, diz presidente do BC

Estimativa da autoridade monetária prevê ainda alguma aceleração do PIB nos trimestres seguintes. Resultado oficial será divulgado na quinta-feira pelo IBGE
O presidente do BC, Roberto Campos Neto,estima um resultado de PIB estável ou de ligeiro crescimento para o segundo trimestre Foto: Reprodução/15-11-2018
O presidente do BC, Roberto Campos Neto,estima um resultado de PIB estável ou de ligeiro crescimento para o segundo trimestre Foto: Reprodução/15-11-2018

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que o BC estima um resultado de PIB estável ou de ligeiro crescimento para o segundo trimestre. Ele disse ainda que, para os trimestres a frente, a autoridade monetária espera “alguma aceleração”, principalmente por conta da liberação de recursos pelo governo, como o das contas do FGTS. Ainda assim, Campos Neto avaliou que a retomada do ritmo de crescimento da economia deve ser gradual. O dado será divulgado oficialmente pelo IBGE na quinta-feira. No primeiro trimestre do ano, economia brasileira encolheu 0,2%.

— Com base nos dados disponíveis, estimamos que o PIB tenha ficado estável ou crescido ligeiramente. Para os trimestres seguintes esperamos alguma aceleração, que deve ser reforçada pelo efeito da liberação de recursos do FGTS e PIS-PASEP. Não obstante essa aceleração, nosso cenário básico supõe que o ritmo de crescimento subjacente da economia será gradual — afirmou Campos Neto em audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Campos Neto também sinalizou que, diante do atual cenário de inflação sob controle no país, o BC pode ajustar “o grau de estímulo monetário”. Isso pode significar um novo corte na taxa básica da economia, a Selic, hoje em 6%,  seu menor patamar histórico. Ainda de acordo com o presidente do Banco Central, esse não será o único fator a ser levado em conta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom):

— A consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo monetário. É fundamental enfatizar que essa comunicação não restringe a próxima decisão do Copom e que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.

O presidente do BC voltou a reiterar a importância da continuidade de reformas e ajustes que deem sustentabilidade ao cenário fiscal brasileiro. Na avaliação de Campos Neto, ao mesmo tempo em que as reformas reduzem a necessidade de financiar o governo,  abrem espaço para estimular o investimento privado:
— Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, as reformas tendem a estimular o investimento privado — avaliou.