Economia Energia

Risco de apagão: Entenda, em infográficos, como o sistema elétrico está operando no limite

Usinas com reservatório baixo e aumento do despacho na transmissão de energia aumentam as chances de falhas no fornecimento de energia
Reservatório baixo na usina hidrelétrica de Marimbondo Foto: Ferdinando Ramos / Agência O Globo
Reservatório baixo na usina hidrelétrica de Marimbondo Foto: Ferdinando Ramos / Agência O Globo

RIO E BRASÍLIA — Em meio à maior seca do país em 91 anos, o governo anunciou esta semana um bônus para empresas que economizarem energia, lançará programa semelhante para consumidores residenciais e determinou um corte nos gastos com eletricidade de órgãos federais.

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E, para evitar um racionamento de maior alcance, que afete todos os brasileiros, têm adotado um conjunto de medidas para aumentar a geração e a transmissão de energia. Os especialistas dizem que o sistema elétrico brasileiro está operando no limite . E que isso aumenta o risco de pequenos apagões, com falhas momentâneas no fornecimento de energia.

Entenda abaixo, em infográficos, como funciona o sistema elétrico e o aumento desse risco de apagões:

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Na geração de energia

O governo reduziu a vazão das hidrelétricas do país, para poupar os reservatórios, que estão no menor nível da história. Mas o paradoxo é que, quanto menos água tem o reservatório, mais água é gasta para gerar a mesma quantidade de energia. E maior o risco de uma falha.

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Na transmissão da eletricidade

O governo mudou as margens para a transmissão de energia. O objetivo é poder despachar uma quantidade maior de energia de um local que tenha mais folga para uma região com situação mais crítica. No Nordeste, por exemplo, os reservatórios estão agora mais cheios e, quando a situação se deteriorar ainda mais no Sudeste, poderão ser usados para despachar a energia para a região mais industrializada do país.

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O problema é que as novas margens para a transmissão de energia aumentam o risco de interrupções temporárias no fornecimento, alertam especialistas.

Reservatórios estão na mínima histórica

O nível dos reservatórios está baixo sobretudo no subsistema Sudeste/Centro-Oeste . Veja a situação nas principais hidrelétricas do país