RIO - Maio foi mais um mês de avanço do desemprego no Brasil, por causa da pandemia do coronavírus . O IBGE divulgou nesta terça-feira que a taxa de desocupação ficou em 12,3% no trimestre terminado em maio, a maior desde o início da série do instituto em 2012. Já são 12,7 milhões de desempregados no Brasil, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc).
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Mas o número não mostra com precisão o estrago no mercado de trabalho com a pandemia. Segundo o IBGE, 7,8 milhões ficaram sem trabalho no trimestre encerrado em maio, mas boa parte não conseguiu voltar a procurar uma vaga - o que caracteriza o desempregado - por causa da pandemia. Nesse contingente, 5,8 milhões foram de trabalhadores informais, 74% do total.
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A pandemia fez com que a força de trabalho (ocupados mais desempregados) caísse em 9 millhões, nível recorde da série. Assim, mais da metade da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais) ficou sem ocupação .
No trimestre anterior, dezembro a fevereiro, a taxa de desemprego ficara em 11,6%.
O emprego formal também atingiu o menor ponto da série do IBGE. Em maio, eram 31,1 milhões, com 2,5 milhões de pessoas de trabalhadores sendo cortados, frente ao trimestre encerrado entre dezembro e fevereiro.
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A informalidade também recuou. Concentrados em comércio e serviços, os trabalhadores informais, sem proteção social, foram fortemente atingidos pelo distanciamento social. O número de empregados sem carteira caiu 20,8%, aqueles por conta propria, 8,4%, e os trabalhadores domésticos, 18,9%.
O IBGE vem divulgando também uma pesquisa específica sobre os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho, mas com periodicidade semanal.
Esse levantamento não é comparável com a pesquisa que foi divulgada nesta terça-feira, mas mantém as mesmas tendências. A edição mais recente mostrou que mais de 17 milhões não conseguiram procurar emprego em maio, por causa do coronavírus.
Na segunda-feira, o Ministério da Economia divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) . A pandemia levou ao fechamento de 1,4 milhão de vagas com carteira assinada.
Só em maio a perda de postos de emprego formais chegou a 331.901. O saldo negativo, no entanto, ficou abaixo do registrado em abril, quando as demissões superaram contratações em 902.841.