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Economia Tecnologia Coronavírus

Quarentena aumenta procura por aplicativos fitness, que ajudam a manter a saúde física e mental

Com o isolamento dos que podem ficar em casa para contar o coronavírus, número de usuários desses programas dispara
A atriz e youtuber Kéfera Buchmann possui uma sessão de treino no aplicativo BTFIT Foto: DIvulgação
A atriz e youtuber Kéfera Buchmann possui uma sessão de treino no aplicativo BTFIT Foto: DIvulgação

RIO – A prática de exercícios físicos é essencial para a boa saúde, mas como manter o corpo em movimento durante o isolamento dos que podem ficar em casa para conter o coronavírus? Os aplicativos fitness se tornaram a resposta para muita gente, o que provocou uma explosão no número de usuários.

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Com a pandemia, o brasileiro BTFIT chegou perto da marca de 4 milhões de downloads . Segundo Bruno Franco, diretor executivo da empresa responsável pelo aplicativo, do Grupo Bodytech, o número de usuários diários aumentou 11 vezes desde o último dia 16, quando o acesso foi liberado gratuitamente.

— No primeiro dia, a gente ficou fora do ar por duas horas por causa do volume de acessos — conta Franco. — Normalmente, nós cobramos uma mensalidade de R$ 24,90, mas o disponibilizamos gratuitamente por causa da pandemia. E vamos manter essa política até quando for possível.

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Em razão da pandemia, o aplicativo foi disponibilizado gratuitamente por um período, mas voltou a ser cobrado na última quarta-feira, com mensalidade de R$ 24,90.

O BTFIT oferece treinos em português e inglês, gravados por professores brasileiros, americanos e canadenses, com conteúdo tanto para iniciantes como para pessoas acostumadas com os exercícios. Ele está disponível em 162 países, para dispositivos Android e iOS.

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São três métodos de treinamento. As aulas coletivas são gravadas por professores acompanhados por dois alunos, dando a sensação de um treinamento real, com conversas entre os participantes. Existem ainda os programas, com séries de treinos selecionadas como uma playlist.

Personal trainer on-line

O terceiro método é o personal trainer on-line, um algoritmo desenvolvido pela empresa que oferece treinos personalizados a partir de respostas a algumas perguntas.

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Segundo Franco, os aplicativos fitness — tanto o BTFIT como outros do gênero — são uma opção para manter o corpo em forma no período de isolamento. Mesmo aqueles que não frequentam academia estão com suas atividades cotidianas reduzidas, como as caminhadas até o transporte público e dentro do trabalho.

— A Organização Mundial da Saúde recomenda 150 minutos de atividade física leve ou moderada ou 70 minutos de atividade intensa por semana — ressalta Franco. — O gasto de calorias é fundamental para todas as pessoas, e nesse momento de isolamento os exercícios trazer o benefício adicional para a saúde mental.

Garrafinhas de água e pacote de feijão

O Queima Diária não liberou o acesso gratuito, mas oferece período de 30 dias para avaliação, com garantia de devolução do pagamento em caso de desistência. Mesmo assim, o aplicativo que cobra mensalidade de R$ 29,90 viu o número de usuários diários triplicar desde a imposição do isolamento social.

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— As pessoas que estão sem acesso a academias e outras atividades físicas estão procurando alternativas para manterem a forma dentro de casa — diz Mariana Eyer, diretora de operações da empresa, destacando que muitos treinos são adaptados para o ambiente doméstico. — Para improvisar os equipamentos, as pessoas podem usar garrafinhas de água com areia ou pedra, um pacote de feijão, cabos de vassoura.

O aplicativo oferece sequências de cross training doméstico.

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— São os movimentos do crossfit adaptados para o ambiente da casa. Segue a mesma metodologia, com sequências bacanas que não precisam dos equipamentos — diz Mariana. — Esse período de isolamento gera muito estresse. As pessoas perdem o controle, têm compulsão alimentar. Por isso, a gente reforça a importância de manter o corpo e a mente saudáveis.