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Brasil é quinto país mais afetado por ataques cibernéticos na primeira metade de 2021, aponta levantamento

Relatório de empresa de proteção de dados mostra que o crescimento de 'ransomware' foi tão expressivo que seu volume já é superior à soma registrada durante todo o ano de 2020
Imagem ampliada de teclado de computador Foto: FRED TANNEAU / AFP
Imagem ampliada de teclado de computador Foto: FRED TANNEAU / AFP

RIO — O crescimento de ataques de ransomware foi tão expressivo no primeiro semestre de 2021 que seu volume já é superior à soma registrada durante todo o ano de 2020, conforme alerta um relatório da empresa de proteção de dados SonicWall, baseada na Califórnia, nos Estados Unidos.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, mostra ainda que o Brasil aparece como o quinto país mais afetado por este problema cibernético neste ano. Em primeiro lugar, ficam os EUA, seguido pelo Reino Unido, com a Alemanha em terceiro, e a África do Sul em quarto.

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De acordo com o presidente da empresa, Bill Conner, os cibercriminosos aceleraram seus ataques num ano marcado pela "ansiedade e incerteza". Para ele, os dados recentes mostram que os autores das ameaças têm adaptado suas táticas.

— Com o trabalho remoto ainda difundido, as empresas continuam altamente expostas ao risco e os criminosos estão perfeitamente cientes da incerteza no cenário cibernético — afirmou.

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O Relatório de Ameaças Cibernéticas SonicWall da primeira metade de 2021 registrou um volume de ransomware de 304,7 milhões. Já o documento de 2020 computou 304,6 milhões. Somente em junho, a empresa observou um recorde de 78,4 milhões de ataques.

No primeiro semestre de 2021, as áreas mais afetadas foram sistemas do governo, do setor de educação, da saúde, e de organizações de varejo, sendo 64% dos ataques correspondes a três tipos, chamados de Ryuk, Cerber e SamSam.

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O primeiro é caracterizado por infectar sistemas de repartições públicas para tornar determinados aquivos inacessíveis, enquanto o segundo é um sofware que ao ser instalado no computador por engano pela vítima pode também sequestrar as informações para os criminosos exigirem resgate.

Já o terceiro costuma ser forjado manualmente de forma a selecionar alvos como grandes organizações.

Ameaças envolvendo criptomoedas também cresceram durante a primeira metade de 2021.

De janeiro a junho, pesquisadores da SonicWall registraram 51,1 milhões de tentativas de criptojack, representando um aumento de 23% em relação ao mesmo período de seis meses do ano passado.