Carro voador já está autorizado a decolar nos céus da Europa

Modelo produzido na Eslováquia tem capacidade para duas pessoas, é abastecido com gasolina e atinge 170km/h
Carro voador, da Klein Vision,foi aprovado em testes na Eslováquia e recebeu o Certificado de Aeronavegabilidade Foto: Divulgação

BRATISLAVA- O carro que se transforma em avião, o Aircar , foi aprovado em testes na Eslováquia e recebeu o Certificado de Aeronavegabilidade da autoridade de transporte local após completar 70 horas de voos e mais de 200 decolagens e aterrissagens.

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O modelo, equipado com um motor BMW e que funciona com gasolina comum, precisa de 2 minutos e 15 segundos para se transformar em uma aeronave. Ao contrário dos protótipos de drone-táxi existentes, ele não consegue decolar e pousar verticalmente, e requer uma pista de decolagem e aterrissagem.

Segundo a Klein Vision, empresa responsável pelo projeto, os testes realizados seguem os padrões da EASE, a Agência Europeia de Segurança da Aviação.

“Os desafiadores testes incluíram série de manobras de voo e desempenho e demonstraram uma surpreendente estabilidade estática e dinâmica no modo de aeronave”, explicou empresa responsável pelo projeto.

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O carro voador é capaz de transportar duas pessoas, com um limite de peso combinado de 200 kg.

Em julho passado, o veículo realizou um voo de 35 minutos entre os aeroportos internacionais de Nitra e Bratislava, na Eslováquia. No ar, o veículo atingiu a velocidade de cruzeiro de 170 km/h.

O que chama atenção no Volar é o seu visual, que lembra o de carros voadores de filmes de ficção científica.

O eVTOL demandará uma infraestrutura bem mais simples que a necessária para os aviões nos aeroportos. A decolagem é vertical, como helicópteros e drones, dispensando longas pistas. Com a vantagem de o motor elétrico ser bem mais silencioso que o dos helicópteros, que ganharão forte concorrente Foto: Divulgação / Reprodução
Simulação de voo do modelo de eVTOL da alemã Lilium, que a Azul quer trazer ao Brasil a partir de 2025 para trajetos curtos, como Rio-Búzios ou São Paulo-Guarujá Foto: Reprodução / Divulgação
Azul firmou parceria com a alemã Lilium para trazer ao país 220 carros voadores a partir de 2025. Os modelos elétricos têm autonomia de 200 quilômetros entre uma recarga e outra Foto: Divulgação
A start-up alemã Lilium desenvolve o carro elétrico que a Azul quer trazer para o país: fabricante tem um dos cerca de 140 projetos do gênero em desenvolvimento no mundo Foto: Reprodução / Divulgação
A Azul avalia que esse tipo de aeronave elétrica terá um custo baixo para os passageiros, ampliando o acesso a voos curtos a quem hoje não pode pagar por uma viagem de helicóptero Foto: Divulgação
O interior do Lilium parece confortável e parece uma mistura de avião com automóvel: cabem seis passageiros e um piloto. E há ainda um compartimento para bagagens a bordo Foto: Reprodução / Divulgação
Azul aposta nesse tipo de veículo voador para abrir um novo nicho de mercado. O desafio será certificar o novo modal e garantir a segurança dos passageiros. Foto: Divulgação
Simulação de embarque no Lilium, veículo voador elétrico que tem capacidade para seis passageiros e um piloto. Decolagem é vertical, como os helicópteros. Azul quer operá-los no Brasil a partir de 2025 para voos curtos, como entre São Paulo e Guarujá ou Rio e Paraty. Foto: Reprodução/Divulgação
Carro voador da Lilium tem autonomia de 200 quilômetros, a maior entre os concorrentes. Será ideal para substituir viagens de carro de curta distância. Um carioca poderá chegar a Búzios em minutos, por exemplo, para um fim de semana no balneário. Nada mal sobrevoar os engarrafamentos enquanto os motoristas padecem lá embaixo. Foto: Divulgação / Reprodução
Ainda em fase de testes, o eVTOL da Lilium tem um desafio para a frente: a certificação para poder voar comercialmente. Por isso a aliança com uma companhia aérea como a Azul faz sentido agora: a experiência de quem já sabe certificar aviões pode ajudar a enfrentar uma regulação num modal de transporte totalmente novo Foto: Divulgação/Reprodução

Brasil está na corrida pelo carro voador

Outro projeto similar é o da fabricante chinesa XPeng, que fez um modelo que se parece com m carro superesportivo tradicional, mas tem asas e hélices para subir aos ares.

Fabricantes como a Embraer, com a sua marca Eve, também estão com projetos no segmento. Segundo o presidente da companhia brasileira, Francisco Gomes Neto, a Eve terá a liderança do mercado de carro voador.

Nos céus: Carros voadores ainda não têm regras de voo

Modelo de aeronave elétrica de decolagem e pousos verticais (eVTOL), também conhecida no mercado como EVA (Electric Vertical Aircraft ou Aeronave Elétrica Vertical). Foto: Divulgação/Embraer

 

A Embraer fez uma combinação de negócios com a Zanite Acquisition, uma companhia com propósito específico de aquisição ou Spac, na sigla em inglês, focada em aviação, para acelerar o processo.

O mercado de carros voadores é promissor: em 2019, a consultora Morgan Stanley previu que o setor poderia valer US$ 1,5 trilhão em 2040.

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A empresa britânica Bellwether recentemente fez uma demonstração de um protótipo do seu veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês), que é uma aeronave similar a um helicóptero, mas que faz menos barulho e usa mais hélices para voar.