Economia Tecnologia

Google, Apple e Microsoft superam as estimativas e registram lucros recordes no segundo trimestre

Big techs têm resultado maiores do que o esperado por Wall Street
Big techs superam as estimativas no segundo trimestre Foto: Thomas Peter / REUTERS
Big techs superam as estimativas no segundo trimestre Foto: Thomas Peter / REUTERS

PALO ALTO - As big techs começaram a divulgar seus resultados trimestrais nesta terça-feira. Hoje foi a vez da Alphabet, Apple e Microsoft, todas apresentando receitas e lucros acima do esperado.

A Alphabet, dona do Google, superou estimativas para receita trimestral, com impulso do aumento nos gastos com publicidade puxado por maior demanda de consumidores por compras online. A empresa ganhou US$ 18,5 bilhões no segundo trimestre.

Antitruste: Google é multado em US$ 593 milhões na França por não pagar pelo uso de notícias

O mercado de anúncios digitais está crescendo, em parte devido às medidas de isolamento social. A Alphabet disse que a receita de publicidade do Google cresceu quase 70%, para US$ 50,44 bilhões, enquanto a do YouTube subiu 83,7%, a US$ 7 bilhões no trimestre fechado em junho.

A receita do maior fornecedor de anúncios em serviços de busca e vídeo da internet cresceu 61,6%, para US$ 61,88 bilhões, bem acima das estimativas de Wall Street de US$ 56,16 bilhões.

China alavancou as vendas da Apple

A Apple também divulgou vendas e lucros trimestrais que superaram as expectativas dos analistas, à medida que os consumidores compravam versões premium de seus iPhones 5G e assinavam os serviços de assinatura da empresa.

Impulsionado pelas vendas melhores do que o esperado do iPhone, a receita atingiu US$ 81,43 milhões, contra estimativas de US$ 73,3 bilhões. O lucro quase duplicou no período, chegando a US$ 21,7 bilhões.

Os resultados provocaram uma reação mista dos investimentos: as ações subiram e caíram nas operações after market, até que se estabilizaram em um avanço de 0,5%.

Liderança: Xiaomi desbanca Apple e se torna segunda fabricante de smartphones do mundo

O maior crescimento das vendas da Apple vieram da China, onde, segundo  o presidente executivo Tim Cook,  os clientes estão comprando acessórios como o Apple Watch junto com seus iPhones.

As vendas no país asiático cresceram 58%, totalizando US$ 14,7 bilhões no terceiro trimestre fiscal, encerrado em 26 de junho.

logo da Apple em loja da marca fabricante do iPhone Foto: Reuters
logo da Apple em loja da marca fabricante do iPhone Foto: Reuters

"Não foi só o iPhone. Estabelecemos um novo recorde trimestral para os Macs, dispositivos móveis, acessórios e para serviços na China. Foi nossa zona geográfica mais forte", disse Cook.

A Apple parece não ter sido atingida com grande impacto pela escassez global de chips.

'Low code': Sem programadores, empresas apostam em apps no estilo ‘faça você mesmo’

Os resultados registrados ocorrem quando os investidores , que já se preocuparam com o fato de a empresa depender demasiadamente das vendas do iPhone, elevaram o valor da empresa em quase US$ 2,5 bilhões, mais do que o dobro em três anos.

Cook disse ainda que a Apple tem 700 milhões de assinantes em suas diversas plataformas, contra 600 milhões do trimestre anterior.

Microsoft e a computação em nuvem

Da mesma maneira, a Microsoft superou as expectativas de Wall Street para receita trimestral, com aumento da demanda por serviços baseados em computação em nuvem. O lucro líquido subiu para US$ 16,5 bilhões e o valor de mercado agora chega a US$ 2 trilhões.

Novidades: Microsoft lança Windows 11 turbinado para games e reformula loja de aplicativos

A mudança impulsionada pelas medidas de isolamento social tem ajudado empresas como Microsoft, Amazon e Google.

A receita em seu segmento de "Nuvem Inteligente" cresceu 30%, para US$ 17,4 bilhões, com um crescimento de 51% na divisão de computação em nuvem Azure. Os analistas esperavam crescimento de 43,1% na Azure.

A receita da divisão de computação pessoal, que inclui o sistema operacional Windows e o console de videogames Xbox, aumentou 9%, para US$ 14,1 bilhões.

A receita da empresa aumentou 21%, para 46,2 bilhões no trimestre encerrado em 30 de junho, superando a estimativa de consenso dos analistas de US$ 44,24 bilhões.