RIO - Embora a "live" de lançamento do Windows 11, da Microsoft — a primeira renovação do sistema operacional depois de seis anos —, tenha apresentado problemas técnicos (foi mais fácil ver a transmissão pelo Twitter), as novidades parecem promissoras, especialmente para quem gosta de videogames.
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Segundo Sarah Bond, vice-presidente da Microsoft para o console Xbox, por meio do serviço de assinatura XGame Pass será possível trazer os muitos títulos da plataforma para o PC, o que ocorrerá com o incremento da armazenagem com a ajuda da CPU do computador, algo conhecido como Direct Storage. Essa tecnologia aumenta a rapidez do acesso aos dados dos jogos.
— Os PCs que vierem com Windows 11 estarão preparados para isso, e os gráficos estarão muito mais nítidos graças à tecnologia AutoHDR (de alcance dinâmico avançado, na sigla em inglês) — disse ela.
Mas a própria interface do sistema ficou mais fluida, também. A Microsoft centralizou os ícones na barra de tarefas trazendo mais para o meio o conhecido Iniciar, que se abre para uma janela mais organizada de apps e widgets.
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Há recursos mais personalizados de lidar com as janelas, com vários templates disponíveis, e ao desconectar um notebook de um desktop e reconectá-lo depois, tudo em que o usuário estava trabalhando no note aparece exatamente no ponto em que parou.
Alfinetada na Apple
Segundo Panos Panay, gerente de produtos da Microsoft, o software de reunião Teams já virá nativo do sistema, sendo rapidamente acessado via barra de tarefas e permitindo conexão mais fácil com amigos, familiares e colegas de trabalho.
— E as atualizações do Windows Update passarão a ser 40% menores, ocorrendo no background para não atrapalhar aas tarefas cotidianas — afirmou.
A loja de aplicativos da empresa, a Microsoft Store, foi totalmente redesenhada, e a gigante tech quer trazer para o seu lado os desenvolvedores — tanto que agora os apps Android também poderão rodar no Windows, segundo Panay, por meio de uma parceria com a loja de aplicativos da Amazon voltada para os softwares do sistema mobile do Google.
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— Também queremos ajudar os desenvolvedores a construir seu próprio negócio, tanto que, se eles trouxerem sua própria ferramenta comercial para a loja, tudo o que ganharem ficará com eles. Nós ficaremos com zero — garantiu o executivo, numa aparente alfinetada ao modelo da App Store, da Apple, que cobra 30% dos criadores de apps.
Satya Nadella, CEO da Microsoft, também abordou o assunto ao final da entrevista coletiva, afirmando que hoje "os aplicativos devem se moldar aos usuários, e não o contrário".
— Queremos ser a plataforma para o futuro da internet - disse Nadella.
Mas o sistema ainda vai demorar a chegar aos lares dos usuários. As primeiras versões iniciais, conhecidas como "builds", começarão a ser distribuídas para testes nas próximas semanas, e o sistema deve começar a ser instalado nos PCs domésticos a tempo das vendas das festas de fim de ano, segundo o Wall Street Journal.