Tecnologia
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Por Bloomberg — Redmond, EUA

A Microsoft revelou novas versões do Bing, seu mecanismo de pesquisa na Internet, e do navegador Edge com a tecnologia mais recente da OpenAI, fabricante do ChatGPT, com o objetivo de ganhar terreno na área de pesquisa do Google, sendo o primeiro a oferecer uma alternativa mais conversacional para encontrar respostas na web e criação de conteúdo.

“Esta tecnologia vai remodelar praticamente todas as categorias de software”, disse o CEO da Microsoft, Satya Nadella, em um evento nesta terça-feira na sede da empresa em Redmond, Washington. É “mais do que hora” de a inovação ser restaurada para a pesquisa na Internet, disse ele.

"A corrida começa hoje", disse Nadella em uma referência à rival Google, que há mais de 20 anos domina amplamente o mercado de buscas on-line e agora será desafiada pela tecnologia do robô conversacional ChatGPT, capaz de gerar todo tipo de textos baseados nos pedidos de usuários.

O anúncio da Microsoft era esperado desde o ano passado, quando o êxito do ChatGPT, para além dos círculos tecnológicos, impôs a chamada inteligência artificial "gerativa" como tendência fundamental.

A internet "nasceu nos computadores pessoais, evoluiu com os aparelhos móveis e a nuvem, e agora a inteligência artificial transformará completamente a web, começando pelas buscas", garantiu Nadella durante entrevista.

A Microsoft investiu US$ 1 bilhão na OpenAI em 2019 e acaba de fechar um novo acordo multimilionário com a startup com sede na Califórnia e fundad em 2015.

A OpenAI, até então, era conhecida apenas em círculos restritos por dois softwares de criação automatizada: DALL-E, para geração de imagens, e GPT-3, para geração de textos.

O ChatGPT, que se baseia no software GPT-3, se apresenta como um robô conversacional e produz ensaios, poemas ou códigos de programação em segundos.

Copiloto

"Integramos o modelo de IA em nosso principal motor de busca e vemos o salto mais significativo na taxa de resultados relevantes em duas décadas", disse Yusuf Mehdi, um dos vice-presidentes da Microsoft.

Mehdi mostrou como a nova tecnologia se transformará de acordo com o Bing, em particular com respostas diretas às perguntas dos internautas, em vez de links simples que remetem a outras páginas da web.

Mehdi comparou a IA com um "copiloto" para os usuários, que podem falar diretamente com o chatbot integrado.

Os avanços da OpenAI voltaram-se para a Microsoft na corrida pela inovação, o que preocupa seu rival Google que, segundo informações, declarou que o sucesso massivo do ChatGPT era uma ameaça para a empresa.

Na segunda-feira, o Google se adiantou ao anúncio da Microsoft afkirmando que estava prestas a oferecer sua própria versão do ChatGPT, um bot chamado Bard, que também proporcionaria respostas quase imediatasadi a um pedido.

Em dezembro, o Google possuía cerca de 84% do mercado de buscas, contra 9% do Bing. Em um ano, o ChatGPT acabou com cerca de 2% da supremacia do gigante da indústria.

"Uma maior integração do ChatGPT e algoritmos no Bing poderia, no futuro, alterar o equilíbrio de poder neste mercado, a favor de Redmond", disse o analista Dan Ives de Wedbush, em alusão à Microsoft, cuja sede está em Redmond.

"Muito pouco esforço"

A Microsoft começou a integrar tecnologias da OpenAI em suas próprias ferramentas. Em outubro, a empresa apresentou Designer, um novo software baseado em DALL-E, o gerador de imagens do OpenAI.

Devería permitir "gerar instantaneamente uma variedade de designs com muito pouco esforço", disse Liat Ben-Zur, outro vice-presidente da Microsoft, em um comunicado de imprensa.

"Qualquer pessoa pode ser um criador com as ferramentas adequadas. Cerca de 20 milhões de consumidores americanos criam conteúdo on-line e obtêm receitas", acrescentou.

A Microsoft planeja integrar o Designer ao Edge, seu navegador de internet muito menos utilizado que o Chrome do Google ou o Safari da Apple.

O grupo de Redmond também desenvolveu o Copilot, um serviço pago lançado em junho de 2022 para ajudar os engenheiros a gerar códigos informáticos com a ajuda de inteligência artificial da OpenAI.

E recentemente uniu o GPT-3.5 à plataforma profissional Team para fazer com que as reuniões sejam mais "inteligentes e personalizadas", incluindo os currículos gerados automaticamente.

Esta nova estratégia tem lugar em um momento delicado para a Microsoft que, como a maioria dos grandes grupos tecnológicos, anunciou um plano de demissões de 10 mil empregados no fim de março, cerca de 5% da força de trabalho.

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