Tecnologia
PUBLICIDADE

Por Bloomberg — Cupertino, Califórnia

A Apple está desenvolvido um serviço de coaching de saúde com inteligência artificial e uma nova tecnologia para rastrear emoções, em sua mais recente investida para ampliar as vendas de seus gadgets com com soluções voltadas para a vida saudável e o bem-estar.

O novo serviço de coaching - que, por estar sendo desenvolvido sob os cuidados do sigilo industrial, recebeu o codinome de Quartz - terá como finalidade manter os usuários motivados a se exercitar, melhorar os hábitos alimentares e ajudá-los a dormir melhor, segundo fontes com conhecimento do projeto.

A ideia é usar IA e dados de um Apple Watch para dar sugestões e criar programas de coaching sob medida para cada usuário, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque o projeto Quartz ainda está em fase de desenvolvimento.

A mudança faz parte de um esforço mais amplo da empresa em focar em saúde, cujos serviços associados passaram a ser essenciais nos dispositivos da marca, especialmente o Apple Watch. Seus esforços mais recentes também incluem uma expansão do aplicativo de saúde para o iPad e recursos que podem ajudar usuários com problemas de visão.

Uma porta-voz da Apple se recusou a comentar sobre os planos da fabricante do iPhone, que tem sede em Cupertino, Califórnia.

A iniciativa Quartz é uma reminiscência do LumiHealth, um serviço de bem-estar e coaching que a Apple lançou em parceria com o governo de Cingapura em 2020. Uma diferença é que o programa com sede em Cingapura poderia pagar prêmios monetários aos usuários que permanecessem saudáveis, enquanto o novo programa interno da Apple terá uma assinatura mensal - como muitas de suas outras ofertas digitais. Também será seu próprio aplicativo.

O lançamento do novo serviço está planejado para o próximo ano, mas pode ser cancelado ou adiado. O projeto está sendo conduzido por vários grupos da Apple, incluindo suas equipes de saúde, Siri e inteligência artificial, bem como sua divisão de serviços.

Rastreando emoções

As ferramentas para rastrear emoções e gerenciar problemas de visão, como miopia, serão adicionadas ao aplicativo de saúde este ano. A versão inicial do rastreador de emoções permitirá que os usuários registrem seu humor, respondam a perguntas sobre o dia e comparem os resultados ao longo do tempo.

Mas, no futuro, a Apple espera que o iPhone possa usar algoritmos para determinar o humor do usuário por meio de sua fala, quais palavras ele digitou e outros dados em seus dispositivos.

A curto prazo, a Apple planeja lançar pela primeira vez uma versão para iPad do aplicativo de saúde do iPhone. A mudança, que permitirá aos usuários ver os resultados de seu eletrocardiograma e outros dados de saúde em um formato maior, está prevista para ser incluída como parte do iPadOS 17 ainda este ano.

Projetos da empresa voltados para saúde se expandiram rapidamente com o Apple Watch, lançado em 2015 — Foto: Bloomberg
Projetos da empresa voltados para saúde se expandiram rapidamente com o Apple Watch, lançado em 2015 — Foto: Bloomberg

A esperança é que uma versão para iPad aumente a popularidade do aplicativo em ambientes de saúde, como clínicas, hospitais e consultórios, onde os tablets já chegaram a ser usados. O aplicativo é fundamental para os projetos de saúde da empresa, servindo como um repositório de dados de condicionamento físico coletados pelo Apple Watch e registros de saúde externos. Ele também serve como um portal para os usuários compartilharem informações com seus médicos.

A Apple pretende revelar o novo aplicativo para iPad e as ferramentas para gerenciar emoção e visão em junho, em sua conferência anual de desenvolvedores mundiais. Mas o serviço de coaching, passo mais significativo, não será anunciado este ano, segundo as fontes.

O próximo óculos de realidade mista da empresa, previsto para ser lançado em junho, também atuará na estratégia de saúde e bem-estar. Um recurso permitirá que os usuários meditem enquanto usam o dispositivo, e uma versão otimizada do serviço de exercícios Fitness+ da Apple está em andamento.

Os projetos voltados para saúde da empresa começaram publicamente em 2014 com o lançamento de um aplicativo e se expandiram rapidamente com o Apple Watch um ano depois. A estratégia de saúde tornou-se essencial para a empresa, e a Apple adicionou novos recursos para fazer eletrocardiogramas, analisar fibrilação atrial, detecção de queda e rastreamento do sono. O trabalho se tornou um grande ponto de venda para seu smartwatch.

Diário de atividades e monitoramento da pressão arterial

Os recursos de rastreamento de humor e emoção são separados de um novo aplicativo de atividades rotineiras, um espécie de diário, que a Apple está planejando ainda para este ano. No entanto, esse aplicativo não deve ser um recurso de saúde e é improvável que a Apple o posicione como tal, dizem as fontes.

Em vez disso, será uma extensão do serviço Find My da empresa e outros recursos de localização. Nasce do desejo de adicionar mais elementos de redes sociais a essas funções. Assim, os usuários podem usar o aplicativo para, digamos, escrever um diário sobre sua caminhada para o trabalho.

A Apple está planejando ainda uma forma básica de monitoramento da pressão arterial para seu relógio nos próximos anos. O recurso provavelmente não mostrará números diastólicos e sistólicos exatos, mas informará ao usuário do Apple Watch se ele tiver hipertensão. O usuário seria então direcionado a experimentar um monitor de pressão arterial convencional ou consultar um médico.

Uma equipe secreta da Apple, apelidada de Exploratory Design GroupA , também está trabalhando no monitoramento não invasivo de glicose. A tecnologia, que faria uma leitura de açúcar no sangue usando sensores em vez de uma picada no dedo, está em desenvolvimento há mais de uma década, e a empresa fez avanços recentes. Agora, está trabalhando para reduzir o sistema a um dispositivo do tamanho de um iPhone. A empresa pretende eventualmente tornar a tecnologia ainda menor, encaixando o sensor em um futuro Apple Watch.

Webstories
Mais recente Próxima Dona do ChatGPT vai permitir que usuário vete uso de suas conversas para treinar robô
Mais do Globo

A decisão do candidato da oposição de deixar a Venezuela por temer pela sua vida e pela da sua família ocorreu depois de ter sido processado pelo Ministério Público por cinco crimes relacionados com a sua função eleitoral

Saiba como foi a fuga de Edmundo González, candidato de oposição da Venezuela ameaçado por Nicolás Maduro

Cidade contabiliza 21 casos desde 2022; prefeitura destaca cuidados necessários

Mpox em Niterói: secretária de Saúde diz que doença está sob controle

Esteve por lá Faisal Bin Khalid, da casa real da Arábia Saudita

Um príncipe árabe se esbaldou na loja da brasileira Granado em Paris

Escolhe o que beber pela qualidade de calorias ou pelo açúcar? Compare a cerveja e o refrigerante

Qual bebida tem mais açúcar: refrigerante ou cerveja?

Ex-jogadores Stephen Gostkowski e Malcolm Butler estiveram em São Paulo no fim de semana e, em entrevista exclusiva ao GLOBO, contaram como foi o contato com os torcedores do país

Lendas dos Patriots se surpreendem com carinho dos brasileiros pela NFL: 'Falamos a língua do futebol americano'

Karen Dunn tem treinado candidatos democratas à Presidência desde 2008, e seus métodos foram descritos por uma de suas 'alunas', Hillary Clinton, como 'amor bruto'

Uma advogada sem medo de dizer verdades duras aos políticos: conheça a preparadora de debates de Kamala Harris

Simples oferta de tecnologia não garante sucesso, mas associada a uma boa estratégia pedagógica, mostra resultados promissores

Escolas desconectadas

O mito do macho promíscuo e da fêmea recatada surgiu de uma especulação de Charles Darwin para explicar a cauda dos pavões

Sexo animal

Cuiabá tem o maior tempo médio de espera, com 197 dias para o paciente ser atendido; e Maceió, o menor, com 7,75 dias

Fila para consulta médica no SUS dura mais de 1 mês em ao menos 13 capitais; tema vira alvo de promessas eleitorais