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Por Carolina Nalin — Rio e São Paulo

Você acorda com o alarme da assistente virtual, que logo depois diz como está o tempo e quais são os compromissos previstos para o dia. Em seguida, checa e-mails por um aplicativo em seu smartphone, que aponta visualmente quais os mais importantes a serem lidos, conforme sua interação. Ao navegar nas redes sociais, algoritmos recomendam publicidades e conteúdos personalizados, com base em suas preferências.

No caminho para o trabalho, o GPS sugere as melhores rotas. Não nos damos conta, mas essas e outras atividades cotidianas têm em comum um elemento: o uso da inteligência artificial (IA).

Boa parte da nossa rotina já é permeada por soluções de empresas que utilizam a IA analítica. E, com o lançamento e o entusiasmo em torno de ferramentas baseadas em IA generativa, como o ChatGPT, as empresas buscam entender como essas novas tecnologias — de criação de conteúdo e fornecimento rápido de informações — podem alavancar seus negócios. Pioneirismo, ganho de eficiência e agilidade na tomada de decisão são alguns dos objetivos.

Informações em segundos

Na Newbacon, agência de Customer Relationship Management (CRM), a integração do motor do ChatGPT ao seu robô virtual Oink Chat permite que os clientes acessem e façam perguntas em tempo real sobre os resultados do seu negócio, índices de vendas e qualquer outra informação disponível na base de dados.

— Imagine que você queira saber quanto vendeu de um produto X na Região Sul, no dia 10 de janeiro deste ano, às 10h. Antes você precisaria fazer a solicitação para o time de dados e, no melhor dos casos, demoraria uns 10 minutos. Hoje você obtém essa informação em segundos — explica Daniel Brumatti, sócio-fundador e CEO da Newbacon.

A empresa, conta ele, acompanha a evolução dos sistemas de IA há alguns anos e viu agora, com o ChatGPT, uma oportunidade para facilitar o acesso aos dados para tomada de decisão:

— Ninguém tem tempo para ficar caçando dados ou montando apresentações para mostrar números.

O Boticário e Quem Disse, Berenice?, de cosméticos, investiram em campanha publicitária para o carnaval, idealizada em parceria com a agência Druid Gaming, que combinou maquiagens para a folia com IA.

Após mapear as expectativas do público dentro e fora das redes sociais das marcas, a empresa usou a ferramenta de geração de imagens Midjourney para criar modelos virtuais com maquiagens artísticas. O resultado? Um banco de imagens com 21 criações hiper-realistas inspiradas no portfólio das duas marcas.

Segundo a Druid, o processo de criação por meio de IA passou por curadoria e avaliação humanas, levando em conta critérios como o apelo estético e a não alusão a obras de outros artistas.

As imagens foram disponibilizadas em uma página na internet, na qual o consumidor clicava na maquiagem desejada e era direcionado para o link do e-commerce dos produtos que poderiam ser usados. Nas redes, um maquiador foi convidado para recriar as maquiagens das imagens do Midjourney em duas influenciadoras.

Já a CBRdoc é uma startup paulista que se define como um “shopping de documentos”. Criada há seis anos, ela ajuda bancos, financeiras e empresas de energia a obterem documentos em cartórios, Ministério do Trabalho e prefeituras de todo o país.

Um software que usa robôs, por meio de uma plataforma digital, busca os documentos solicitados, e a IA os analisa, informando, por exemplo, se o cliente está negativado. A CBRdoc já testa o ChatGPT para tarefas mais complexas, como avaliar e calcular o valor de imóveis antigos para preços atuais.

— Com essas tecnologias, as empresas ganham em produtividade. Reduzem em 90% o prazo de obtenção de documentos e economizam até 10 mil horas de trabalho por mês — diz o co-CEO e fundador, Rafael Galante. (Colaborou João Sorima Neto)

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