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Por The New York Times — Nova Iorque

Se você já está familiarizado com o ChatGPT e outras ferramentas de criação e edição de texto com o uso de inteligência artificial (IA) sabe que, quanto mais detalhadas as instruções, melhores os resultados. Agora está na hora de alcançar um outro patamar: a produção e finalização de imagens com IA.

Geradores de imagem são treinados por bilhões de referências visuais, que capacitam esses sistemas a produzir criações que já foram do domínio exclusivo de pintores e artistas.

Alguns especialistas não conseguem diferenciar imagens criadas com IA de fotografias reais (uma circunstância que alimentou perigosas campanhas de desinformação). E essas ferramentas estão mudando a forma como os profissionais criativos fazem seu trabalho.

Comparado a produtos como o Chat GPT, ferramentas de geração de imagem ainda não foram bem desenvolvidas. Eles exigem mais alguns anos de evolução tecnológica e podem custar dinheiro. Mas se você está interessado em aprender, não há melhor momento para começar.

Veja abaixo um tutorial completo para usar as principais ferramentas disponíveis:

'Preenchimento generativo'

Na semana passada, a Adobe adicionou uma ferramenta de inteligência artificial em uma versão beta do Photoshop, causando um burburinho nas redes sociais. Quando testei o novo recurso, chamado “preenchimento generativo”, fiquei impressionado com a rapidez e a competência com que a IA realizou tarefas que eu levaria pelo menos uma hora para concluir.

Em menos de cinco minutos e com apenas alguns cliques, removi e adicionei objetos, além de trocar fundos de imagens. Se quiser tentar, comece se cadastrando para um teste gratuito no site da Adobe Creative. Depois, instale o Adobe Photoshop beta. Agora, basta importar uma foto e começar:

Para mudar o fundo, clique no ícone “seleção de objeto” (uma seta apontada para uma caixa), então clique em “inverter” para selecionar o plano de fundo. Em seguida, clique na caixa “preenchimento generativo” e digite um comando, ou deixe em branco para que o Photoshop crie um novo conceito de plano de fundo para você.

Eu usei esses passos para editar uma foto do Max, meu cachorro corgi. Eu digitel “canil” para o comando e cliquei em “gerar” para substituir o fundo.

Para remover objetos, use a ferramenta laço. Em uma foto da minha moto, eu queria apagar um trator atrás de uma cerca ao fundo. Eu fiz um traço em volta do trator e cliquei na caixa “gerar preenchimento” e cliquei em “gerar” sem inserir um comando. O software removeu completamente o trator e preencheu o fundo, deixando a cerca intacta.

Editores de foto no The New York Times não melhoram ou alteram fotos, ou geram imagens usando inteligência artificial. Mas meu primeiro pensamento depois de testar as ferramentas de preenchimento automático foi que editores de foto em outros contextos, como no marketing, podem perder seus empregos em breve.

Para chefe da Adobe, imagens 'entediantes'

Quando compartilhei essa teoria com o chefe de tecnologia na Adobe, Ely Greenfield, ele disse que a IA pode tornar a edição de foto mais acessível, mas foi otimista ao dizer que os humanos ainda serão necessários.

— Eu posso fazer imagens realmente bonitas com isso, mas, honestamente, ainda farei imagens entediantes — disse — Quando olho para o conteúdo que artistas criaram, quando você compara isso com o que eu crio, o que eles fazem é muito mais interessante porque eles sabem contar uma história.

Confesso que o que tenho feito com a ferramenta é bem menos empolgante do que outros têm postado nas redes sociais. Lorenzo Green, que tuíta sobre IA, postou uma colagem de capas de álbuns famosos, incluindo “Thriller” de Michael Jackson e “21” de Adele, que foram expandidas com preenchimento generativo. Os resultados ficaram bem divertidos.

(Uma maneira mais rápida de testar a IA da Adobe é visitar o site Adobe Firefly. Lá, você pode abrir a ferramenta de preenchimento generativo, fazer upload de uma imagem e clicar na ferramenta “adicionar” para selecionar um objeto, como um cachorro. Em seguida, clique em “plano de fundo” e digite um comando como “praia”.)

Quanto mais específico, melhor

Ferramentas como DALL-E e Midjourney podem criar imagens inteiras em segundos. Elas funcionam de forma parecida aos chatbots: você digita um texto de comando, e quanto mais específico, melhor.

Para escrever um bom comando, comece dizendo a mídia que você gostaria de simular (fotografia, pintura), seguido pelo assunto e detalhes adicionais. Por exemplo, digitando “uma fotografia de um gato usando um suéter em um quarto bem iluminado" na caixa de comando do DALL-E, você vai criar uma foto exatamente assim.

Imagem gerada artificialmente com o DALL-E — Foto: The New York Times
Imagem gerada artificialmente com o DALL-E — Foto: The New York Times

O DALL-E, que pertence à Open AI, a criadora do Chat GPT, foi uma das primeiras ferramentas geradoras de imagem por IA amplamente disponibilizadas. Por US$15, você compra 115 créditos que podem ser usados para criar um conjunto de quatro imagens.

O Midjourney, outro gerador de imagem popular, ainda é uma plataforma em desenvolvimento, porque a experiência do usuário ainda não é tão boa. O serviço custa US$ 10 por mês e inserir comandos pode ser um pouco mais complicado, porque requer a adesão a um aplicativo de mensagens separado, o Discord. No entanto, o projeto pode criar imagens realistas de alta qualidade.

Risco de 'deepfake'

Para usar, entre no Discord e peça um convite para o servidor Midjourney. Depois de ingressar no servidor, dentro da caixa de bate-papo, digite “/imagine” seguido de um comando. Eu digitei “/imagine uma capa de mangá com um corgi em uma fantasia de tartaruga ninja” e a ferramenta gerou um conjunto de imagens convincentes.

Imagem gerada artificialmente com o Midjourney — Foto: The New York Times
Imagem gerada artificialmente com o Midjourney — Foto: The New York Times

Seja qual for a ferramenta que você usar, lembre-se de que cabe a você usar essa tecnologia com responsabilidade. Os especialistas alertam que os geradores de imagens podem aumentar a disseminação de deepfakes e desinformação. Mas as ferramentas também podem ser usadas de maneira positiva e construtiva, como melhorar a aparência das fotos de família e debater conceitos artísticos.

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