Startup de inteligência artificial constrói supercomputador para fazer frente à Nvidia

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O Condor Galaxy 1, localizado em Santa Clara, Califórnia, já está funcionando, de acordo com o fundador e CEO da Cerebras, Andrew Feldman. O supercomputador, que custou mais de US$ 100 milhões, vai dobrar de tamanho "nas próximas semanas", disse ele.

No primeiro semestre de 2024 virão novos sistemas em Austin e Asheville, na Carolina do Norte, e depois supercomputadores no exterior.

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O projeto faz parte de um esforço para aumentar a capacidade de computação para serviços de IA, que exigem o tipo de processamento pesado que se tornou uma especialidade da Nvidia - a fabricante de chips mais valiosa do mundo.

O equipamento da Cerebras também marca um avanço mais profundo no setor de IA por parte dos Emirados Árabes Unidos, que aposta na tecnologia de última geração com uma empresa chamada Group 42, ou G42. A empresa está focada em impulsionar a pesquisa de IA para usos práticos, em áreas como aviação e saúde.

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Os novos supercomputadores serão operados pela Cerebras e utilizados nos projetos da G42. Qualquer excesso de capacidade será oferecido comercialmente, como um serviço.

“Abu Dhabi foi a primeira nação a ter ministro da IA. Eles têm uma universidade para IA”, disse Feldman. “Eles acreditam que esta é uma tecnologia transformadora para sua economia.”

Para a Cerebras, sediada no Vale do Silício, os novos sistemas são uma vitrine. A empresa fabrica grandes chips maciços feitos de wafers de silício inteiros - discos que normalmente são cortados para criar vários componentes.

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Feldman argumenta que seus processadores têm a vantagem de poder lidar com grandes conjuntos de dados de uma só vez, em vez de trabalhar apenas com partes das informações de cada vez. Em comparação aos processadores da Nvidia, eles também exigem menos do complicado software necessário para fazer com que os chips trabalhem em conjunto, disse ele.

Este ano, os provedores de computação em nuvem, como a Microsoft e a AWS, da Amazon.com, estão estocando processadores da Nvidia para acompanhar a demanda desenfreada pelo ChatGPT da OpenAI e outras ferramentas de IA generativa. A Nvidia detém cerca de 80% do mercado dos chamados aceleradores que ajudam a lidar com essas cargas de trabalho.

Com o supercomputador, Feldman pretende demonstrar que a explosão da IA não beneficiará apenas as empresas gigantes de tecnologia que podem pagar por equipamentos de grande orçamento.

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"Há uma ideia errônea de que existem apenas sete ou dez empresas no mundo que poderiam comprar (chips) em escala para dar conta da demanda", disse ele. "Isso (o Condor) muda o patamar."

Os processadores de Feldman são tão grandes que não cabem em máquinas tradicionais, o que levou a Cerebras a oferecer sua tecnologia em computadores especialmente construídos. As máquinas também contam com processadores padrão da Advanced Micro Devices - a empresa que comprou a startup anterior de Feldman, a SeaMicro.

Um dos novos supercomputadores será capaz de treinar software em conjuntos de dados compostos por 600 bilhões de variáveis, com a capacidade de aumentar esse número para 100 trilhões, informou a Cerebras. Cada um deles será composto por 54 milhões de núcleos de computação otimizados para IA.