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Por O GLOBO, com agências internacionais

Na semana em que lançou os modelos do iPhone 15, o CEO da Apple, Tim Cook, se viu numa situação incômoda. Mais uma vez causada por Elon Musk, mostra reportagem do Wall Street Journal.

Ao participar do programa 'Sunday Morning', da CBS News, Cook foi questionado sobre o motivo pelo qual a fabricante do iPhone continua a fazer propaganda no Twitter, de propriedade de Musk e que agora leva o nome de X, no momento em que uma organização judaica de direitos civis demonstra preocupações a respeito dos discursos de ódio na plataforma de mídia social.

Cook admite que isso é algo que continua se perguntando:

- De modo geral, minha opinião é que o Twitter é uma propriedade importante. Gosto do conceito de que ele existe para a discussão. Uma espécie de praça da cidade. Há, no entanto, algumas coisas de que não gosto - admite o executivo, que há vários anos ganhou o primeiro prêmio Courage Against Hate (Coragem contra o ódio, em tradução livre), da Anti-Defamation League.

O jornal lembra que Musk negou promover o antissemitismo na rede social e criticou a ADL. Ao mesmo tempo, tem sido implacável em relação a seus problemas com os negócios da Apple, mesmo depois que ele e Cook chegaram a um acordo após algumas críticas feitas pelo dono da Tesla em novembro passado.

Depois que comprou o Twitter em outubro do ano passado, Musk, que também é dono da Tesla e da SpaceX, começou a atacar Cook, declarando guerra total contra a gigante da tecnologia.

Acostumado a fazer suas críticas por meio de tuítes, Musk publicou na rede no mês passado que o poder da gigante da tecnologia, exercido por meio da App Store, "terá que ser tirado deles à força". E voltou a repetir o mesmo discurso em sua biografia, publicada este mês.

"A Apple praticamente parou de anunciar no Twitter. Será que eles odeiam a liberdade de expressão nos Estados Unidos?" Musk tuitou em novembro. "O que está acontecendo aqui @tim_cook?"

A Apple controla o acesso a mais de um bilhão de usuários do iPhone por meio de sua App Store, o que a torna extremamente importante para a X, que Musk comprou em outubro do ano passado. O fato é que muitos usuários da X acessam a plataforma de mídia social fazendo o download por meio da App Store. Sendo assim, a empresa de Musk está sujeita às regras da Apple, incluindo uma comissão de até 30% sobre a receita gerada pelo aplicativo.

Segundo o jornal, este novo capítulo da tensão entre Cook e Musk chamou ainda mais atenção para o poderoso papel da fabricante do iPhone como guardiã de uma grande parte da economia de aplicativos, à medida que reguladores e parlamentares de todo o mundo tentam restringir seu alcance. Em pouco tempo, os políticos de Washington intensificaram sua retórica contra a Apple em um clima político que colocou as grandes empresas de tecnologia sob escrutínio.

Arestas aparadas. Será?

Mas a diplomacia de Cook, que convidou Musk a se encontrar pessoalmente na sede da Apple, ajudou a acalmar os ânimos. Depois do encontro, chegaram a um acordo e a Apple continuou a anunciar na plataforma, dando a Musk uma vitória no momento em que muitas outras marcas abandonaram a plataforma em meio às ações polêmicas de Musk e suas preocupações com o conteúdo publicado na rede.

Em abril, em uma conferência de marcas, Musk apontou para a continuidade dos negócios da Apple com a plataforma para sugerir que ela é segura para outras empresas.

Ainda assim, uma pergunta persiste, ressalta o Wall Street Journal: Quanto tempo durará a paz entre o homem mais rico do mundo e a empresa mais valiosa do mundo?

Segundo o jornal, no livro "Elon Musk", lançado no início deste mês, o biógrafo Walter Isaacson escreve que a reunião entre Musk e Cook em novembro passado não resultou em muita coisa para a X além do compromisso de gastos com publicidade da Apple.

O problema é que Musk queria ir além. As queixas do bilionário sobre o fato de a Apple ficar com até 30% da receita do aplicativo por meio da App Store não foram muito bem aceitas por Cook, que há muito tempo ouvia reclamações semelhantes e não se conformava.

Ainda de acordo com a biografia, os dois não discutiram o desejo de Musk de que a Apple concedesse acesso especial aos dados dos usuários da App Store - que a empresa de Cook se orgulha de não distribuir ou usar - para facilitar a busca da X por suas ambições mais amplas.

- Essa é uma batalha que teremos que travar no futuro, ou pelo menos uma conversa que Tim e eu teremos que ter - reforçou Musk.

A intenção de Musk é transformar o X, além de uma plataforma de mídia social, em um super aplicativo, como o WeChat, da China, com uma série de serviços, incluindo comércio digital. Ele também quer aumentar a receita de assinaturas e começou a oferecer maior compartilhamento de receita com os criadores de conteúdo, pois pretende tornar o site atraente para os tipos de conteúdo que provavelmente atrairá mais usuários e fazer com que outros voltem para a plataforma.

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