Com o avanço da tecnologia, é possível perfurar o véu do desconhecido e vislumbrar o universo que jaz no outro lado. A NASA está na vanguarda desse jornada, sempre buscando inovações e estudos que revelam dicas sobre a origem da Terra e do universo. Agora que o final do ano se aproxima, a agência espacial divulgou um vídeo para celebrar suas maiores conquistas de 2023:
- 'Onda monstro': veja o interior do cruzeiro norueguês que foi 'engolido' pelo mar na Dinamarca; vídeo
- Melhores técnicos do mundo: ranking põe Fernando Diniz como quinto melhor em 2023; Guardiola lidera
Sonda OSIRIS-REx traz amostras de asteroide Bennu
A sonda OSIRIS-REx retornou à terra com amostras do asteróide Bennu após uma longa viagem, iniciada em 2016. Em sua cápsula, os cientistas da NASA encontraram uma surpresa agradável: havia mais material do que o esperado. O presente deu um pouco mais de trabalho para a agência espacial, mas revelou um alto teor de água e carbono, em suas formas orgânica e mineral.
“Esta é a maior amostra de asteroide rica em carbono já entregue à Terra e ajudará os cientistas a investigar as origens da vida no nosso planeta nas próximas gerações”, disse o chefe da Nasa, Bill Nelson.
A descoberta pode fortalecer a teoria de que os materiais essenciais para a vida na Terra vieram de asteróides e cometas que chocaram contra o planeta durante seu nascimento.
Aniversário do telescópio espacial James Webb
Em junho deste ano, o telescópio espacial James Webb completou um ano de operação. O observatório já rendeu 750 estudos científicos diretos, além de fotos deslumbrantes do cosmos. Uma de suas maiores descobertas veio pouco após o lançamento: a foto mais "profunda" já feita do universo.
Quanto mais distante uma galáxia está, mais antiga é a imagem que se vê dela, porque a velocidade da luz é finita. A mais profunda detectada ali pelo James Webb tem 13,1 bilhão de anos de idade: uma relíquia arqueológica cósmica, considerando que o Universo nasceu com o Big Bang há 13,8 bilhão de anos.
Estação Espacial Internacional completa 25 anos
Um quarto de século de cooperação internacional no projeto da Estação Espacial Internacional, liderado por duas superpotências como os Estados Unidos e a Rússia que competem na Terra, é um sucesso sem precedentes na História da humanidade.
No entanto, esse jubileu de prata tem sido ofuscado por avarias recentes, como as recorrentes fugas de gases tóxicos nos radiadores de um dos módulos russos. Embora a tripulação não esteja em perigo, o fato demonstra que a imensa estação está chegando ao fim de sua vida útil. A NASA prevê que ela não passará de 2023.
Recorde americano de permanência no espaço
A Estação Espacial Internacional viu-se obrigada a dividir os holofotes com um dos seus tripulantes: Frank Rubio. O astronauta da NASA foi o americano que passou mais tempo contínuo no espaço, permanecendo 371 dias no laboratório orbital. O recorde mundial é do russo Valeri Polyakov, que passou 437 dias na década de 1990.
Frank e os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin decolaram em setembro do ano passado, em uma missão conjunta da Nasa com a Roscosmos, a equivalente russa, mas três meses depois a espaçonave Soyuz MS-22, em que fizeram o percurso de ida, teve um problema técnico, impossibilitando a viagem de volta. O atraso quase dobrou o tempo da missão e possibilitou a quebra do recorde americano.
Lançamento da missão pro asteróide Psyche
Em outubro, a NASA lançou uma sonda rumo ao asteroide Psyche, um corpo feito de metal que até então não tinha sido estudado. Os cientistas acreditam que pode se tratar do núcleo de um antigo corpo celeste.
A humanidade já visitou mundos feitos de rochas, gelo, ou gás. Mas, segundo Lindy Elkins-Tanton, gestora científica da missão, "esta será a primeira vez que o fará em uma região que tem uma superfície metálica".
A viagem será longa: Psyche está localizada na parte externa do cinturão de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter. A sonda da Nasa percorrerá cerca de 3,5 bilhões de quilômetros para chegar até lá, provavelmente no verão boreal (hemisfério norte) de 2029.
Propulsão nuclear
A NASA está desenvolvendo um sistema de propulsão nuclear para suas naves em parceria com a DARPA. O objetivo é incorporar a tecnologia às futuras missões para Marte, reduzindo o tempo de viagem para apenas 45 dias. Os propulsores atuais podem demorar cerca de seis a nove meses para levar humanos ao planeta vermelho, para um total de três anos de missão.