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A rede social X (antigo Twitter), do magnata Elon Musk, demitiu mais de mil funcionários em todo o mundo de suas equipes encarregadas de coibir conteúdo abusivo online, de acordo com dados divulgados pelo órgão de vigilância da internet da Austrália. A Comissão Australiana de Segurança Eletrônica disse que esses “cortes profundos” e o restabelecimento de milhares de contas banidas criaram uma “tempestade perfeita” para a disseminação de conteúdo prejudicial.
O regulador concentrou-se nos últimos meses no X, alertando que a chegada de Musk à rede social coincidiu com um aumento na “toxicidade e ódio” na plataforma. Usando a inovadora Lei de Segurança na internet da Austrália, a comissão obteve detalhes de engenheiros de computação, moderadores de conteúdo e outros trabalhadores de segurança da X.
Conheça os negócios de Elon Musk
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Depois de muitas idas e vindas, Musk e X (antigo Twitter) fecham formalmente acordo de compra da plataforma
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O primeiro negócio de Musk foi a Zip2, empresa de software web que fundou com seu irmão Kimbal e com o sócio Greg Kouri. Companhia foi vendida em 1999 por US$ 305 milhões para a Compaq Computer. Arquivo
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Musk co-fundou a X.com em 1999, empresa de pagamento de serviços financeiros on-line e de e-mail. O negócio se fundiu com a Confinity, uma instituição de operações financeiras. Fusão entre as duas companhias deu origem ao Paypal, depois vendido para o Ebay por US$ 1,5 bilhão em 2002.
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Depois de acumular uma fortuna de cerca de US$ 100 milhões ao vender seus empreendimentos, Musk fundou a Space Exploration Technologies Corp. em maio de 2002. Reprodução
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Start-up Neuralink foi criada em 2016 por Musk e visa unir a mente humana a computadores. Projeto inclui implantar chips no cérebro para ajudar a curar doenças neurológicas e, finalmente, fundir a humanidade com a inteligência artificial. Bloomberg
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Outra start-up de Musk é a Boring Company, empresa de infraestrutura que tem o objetivo de melhorar a mobilidade nas cidades a partir da construição de redes de transporte em túneis subterrâneos profundos. AFP
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A comissária Julie Inman Grant, ex-funcionária do Twitter, observou que esta é a primeira vez que esses dados são divulgados. Revelou que 1.213 “funcionários de confiança e segurança” deixaram o X desde que Musk o adquiriu em outubro de 2022. O número inclui 80% dos engenheiros de computação focados em “questões de confiança e segurança”, disse Inman Grant.
“Remover 80% destes engenheiros especializados seria como a Volvo, conhecida pelos seus padrões de segurança, eliminar todos os seus designers ou engenheiros”, disse ele à AFP. “Você tem uma tempestade perfeita. Você está reduzindo drasticamente suas defesas e devolvendo infratores reincidentes à plataforma”, acrescentou.
A Austrália liderou a campanha global para regulamentar as redes sociais, forçando as empresas de tecnologia a definir como lidar com questões como conteúdos de ódio e abuso sexual infantil.
X não respondeu às perguntas da AFP sobre o assunto, em vez disso enviou uma resposta automática “ocupado, tente novamente mais tarde”.
