A inteligência artificial chegou com tudo para revolucionar diversas áreas de pesquisa e do conhecimento, e não seria diferente com a milenar busca por vida alienígena fora da Terra. Nos Estados Unidos, uma parceria do Instituto Seti com o Observatório Nacional de Radioastronomia dos EUA, no Novo México, está usando a ferramenta para detectar anomalias espaciais.
O instituto está construindo um sistema de software alimentado por IA para as instalações do observatório, o Very Large Array (VLA), com uso de radiofrequência para estudar planetas, estrelas e asteroides.
O sistema é posto por 28 antenas parabólicas enormes, com 25 metros de diâmetro, organizadas em uma área plana de deserto. Quando o projeto estiver ativo, a inteligência artificial poderá processar os dados a uma velocidade de dois terabytes por segundo.
Em entrevista à BBC, Bill Diamond, presidente-executivo do instituto de pesquisa Seti Institute, defendeu que o uso da IA será “indispensável” na missão de encontrar vida extraterrestre, já que a ferramenta possibilita a análise de todos os sinais de rádio vindos do espaço profundo.
— Mas sempre ficou a pergunta 'e se houver uma tecnologia alienígena avançada que esteja usando (rádio de) banda larga?'. Se for esse o caso, nossos métodos tradicionais não funcionariam, pareceria um monte de ruído na tela — disse Diamond ao veículo.
Outras iniciativas fora da Terra também já utilizam inteligência artificial para encontrar vida alienígena. Em Marte, o rover perseverance da Nasa coletou diversas amostras da cratera Jezero, com compostos orgânicos identificados, que serão posteriormente analisados com IA pelo Instituto Carnegie de Ciência.