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Por — São Paulo

O Google ainda estuda como será o modelo de monetização do Search Generative Experience (SGE), recurso que integra conteúdos de inteligência artificial generativa nas respostas para pesquisas feitas no buscador, que é o mais acessado do mundo. Segundo Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, uma das possibilidades é que a ferramenta, que está disponível em fase de testes, tenha uma parte da experiência paga:

— Eu acredito que deve ter uma parte gratuita. Mas pode ser que tenha uma experiência com mais profundidade que seja paga — disse o executivo, durante o Think With Google, evento em São Paulo, onde apresentou os recursos de IA que vem sendo desenvolvidos pela empresa. — Pode ser, mas ainda não está definido — acrescentou.

Há duas semanas, o Financial Times revelou que o Google estudava cobrar por recursos premium no buscador, alimentados por IA generativa. Essa seria a primeira vez que o serviço - que é o carro-chefe de receitas da big tech - teria algum tipo de cobrança. Hoje, a empresa oferece serviços pagos para IA generativa, com o Gemini, mas dentro do pacote Workspace, que inclui Gmail, Tabelas e Meet e outros.

Lançado em outubro do ano passado, o SGE está aberto para usuários de 120 países, incluindo o Brasil, e disponível em um ambiente de testes. A partir do momento que ele é ativado, a experiência de buscas dos usuários passa a trazer conteúdo da IA generativa nas respostas. O que muda, na prática, é o resultado apresentado. A primeira resposta do buscador, ao invés de links de terceiros, é um texto pronto criado pela IA. Segundo Coelho, o sistema é "evolução da experiência de busca":

— Imagino que seja disponibilizado para todas as pessoas, mas o preço ainda não é uma questão… Se vai ser cobrado, se vai ser gratuito. O Google sempre busca modelos de monetização que façam sentido. — disse o executivo.

Uma das alternativas de monetização que o Google vem estudando é o de incorporar recursos de pesquisa baseada em IA aos serviços premium para usuários que já pagam pelo acesso ao Gemini no Gmail e a outros aplicativos, segundo o Financial Times. O buscador principal permaneceria gratuito e com anúncios. De acordo com Coelho, além da questão de verificar "se vai ser cobrado ou não" outro desafio da expansão do SGE é que o modelo depende de uma capacidade de processamento maior.

Oficialmente, a empresa afirma que não há uma definição sobre quando e como o SGE seria integrado ao buscador. Em nota, após a reportagem do FT, o Google indicou que continua "a criar novos recursos e serviços premium", mas que não está trabalhando em uma experiência de buscas sem anúncios. "Continuamos aprimorando o produto de forma rápida, a fim de atender às novas necessidades dos usuários", afirma.

Regulação da IA precisa ser 'específica'

A venda de anúncios é, de longe, a principal fonte de receitas do Google. Do lucro de US$ 86,3 bilhões reportado pela companhia no quarto trimestre do ano passado, 75,9% vieram da venda de publicidade. Desse montante, US$ 48 bilhões tiveram origem nos anúncios do buscador. O lançamento das respostas com IA levantou dúvidas sobre o principal modelo de monetização da companhia.

Durante coletiva de imprensa, Fábio Coelho tratou também dos projetos de lei que tratam da regulação da inteligência artificial e das redes sociais. Sobre o PL das Redes Sociais, que voltou à estaca zero na Câmara dos Deputados, o executivo voltou a afirmar que a empresa "não é contra a regulação" mas tem preocupações sobre "determinados impactos" que o texto poderia trazer, citando os criadores de conteúdo.

Em relação a uma proposta de regulação da IA, em debate no Senado, ele defendeu que "o sucesso" de um PL é que ele seja "específico o suficiente" mas sem "carregar assuntos demais". A expectativa dele é que o texto "tenha um bom encaminhamento".

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