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Por Bloomberg

Os Estados Unidos revogaram licenças que permitiam à fabricante chinesa de celulares Huawei comprar semicondutores das americanas Qualcomm e da Intel, de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg. A decisão amplia ainda mais as restrições de exportação contra a fabricante de equipamentos de telecomunicações.

A retirada das licenças afeta as vendas nos Estados Unidos de chips para uso em telefones e laptops da Huawei. O presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara, Michael McCaul, confirmou a decisão em uma entrevista na terça-feira.

O deputado republicano afirmou que a medida é fundamental para impedir a China de desenvolver inteligência artificial avançada.

— Está bloqueado a venda de qualquer chip para a Huawei. Essas duas empresas sempre nos preocuparam por estarem um pouco próximas da China — disse o deputado pelo estado do Texas.

Mais seis empresas sob suspeita

Embora a decisão possa não afetar um volume significativo de chips, ela destaca a determinação do governo dos EUA em restringir o acesso da China a uma ampla gama de tecnologia de semicondutores.

O governo também está considerando sanções contra seis empresas chinesas que estão sob suspeita de fornecer chips para a Huawei, que está na lista de restrições comerciais dos EUA desde 2019.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos confirmou a revogação de "algumas licenças" para exportações para a Huawei, mas se recusou a dar mais detalhes. A administração democrata tem sido pressionada a fazer mais para conter o avanço da Huawei e outras empresas de tecnologia chinesas após sinais de progresso no desenvolvimento de semicondutores do país.

"Avaliamos continuamente como nossos controles podem melhor proteger nossos interesses de segurança nacional e política externa", disse a agência em um comunicado na terça-feira.

AA Qualcomm recentemente disse que seu negócio com a Huawei já é limitado e em breve não existirá mais. A empresa foi autorizada a fornecer à empresa chinesa chips que oferecem conexões de rede 4G mais antigas. Ela está proibida de vender chips que permitam um acesso 5G mais avançado.

— Isso é pequeno. A Qualcomm já disse que o negócio com a Huawei está desaparecendo de qualquer maneira — disse Stacy Rasgon, analista da Sanford C. Bernstein.

Efeito limitado

A Huawei não está entre as 10 principais clientes da Qualcomm, de acordo com análises da cadeia de suprimentos da Bloomberg. A empresa também não figura na lista de principais clientes da Intel.

Rasgon observa que a Huawei envia apenas cerca de cinco milhões de computadores desktop e notebooks anualmente, ou 2% do mercado. Isso significa que, mesmo que a Intel tenha fornecido todos os processadores para a empresa, o impacto nos ganhos da companhia será mínimo.

Os EUA também estão pressionando aliados, incluindo Japão, Holanda, Coreia do Sul e Alemanha, a restringir a venda e manutenção de ferramentas de fabricação de chips na China — com a Huawei como principal alvo desse esforço.

O movimento se intensificou depois que a empresa lançou um smartphone com um processador avançado feito na China, enquanto a secretária de Comércio, Gina Raimondo, estava visitando o país asiático em agosto.

Veto a exportação de tecnologia de IA

Em outra frente, o governo Biden tem planos de estabelecer limitações para comercialização de modelos de inteligência artificial (IA) mais avançados, como softwares centrais de sistemas como o ChatGPT, disseram fontes à agência de notícias Reuters.

De acordo com a agência, o Departamento de Comércio está considerando restringir a exportação de desses modelos, incluindo aqueles de códigos fechados, em que tanto o software como os dados usados no treinamento de chatbots são mantidos em sigilo.

Qualquer ação complementaria uma série de medidas implementadas nos últimos dois anos para bloquear a exportação de chips de IA sofisticados para a China, na tentativa de retardar o desenvolvimento de tecnologia de ponta por Pequim para fins militares.

O Departamento de Comércio se recusou a comentar. A Embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

Atualmente, nada impede que gigantes da IA dos EUA, como Microsoft, OpenAI (que recebeu investimentos da empresa de Bill Gates), Google e Anthropic vendam os modelos que desenvolveram para qualquer pessoa no mundo sem supervisão do governo.

Essas empresas criaram alguns dos sistemas de IA de código fechado mais poderosos do planeta.

Pesquisadores do governo e do setor privado estão preocupados que inimigos dos EUA possam usar esses modelos, que exploram vastas quantidades de texto e imagens para resumir informações e gerar conteúdo, com objetivo lançar ataques cibernéticos agressivos ou até mesmo criar armas biológicas.

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