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Por — São Paulo

A Meta anunciou ontem que vai liberar em julho, no Brasil, sua assistente de inteligência artificial integrada ao WhatsApp. Chamado de "IA da Meta", um robô virtual (chatbot) vai interagir com os usuários diretamente no app, possibilitando a geração de imagens, criação de textos e resposta para perguntas.

Dona também de do Instagram, Facebook e Messenger, a Meta informou que esses outros aplicativos também terão a ferramenta de IA embutida. O anúncio foi feito ontem durante o evento global Meta Conversations, realizado em São Paulo e que contou com a participação do líder da empresa, Mark Zuckerberg, por videoconferência.

Mark Zuckerberg fala em telão no evento da Meta em SP — Foto: Reprodução/Meta
Mark Zuckerberg fala em telão no evento da Meta em SP — Foto: Reprodução/Meta

Como vai funcionar?

O sistema, assim como outros robôs virtuais de IA, responde a perguntas, gera imagens (inclusive realistas, no caso do WhatsApp) e pode acessar informações atualizadas a partir dos buscadores Bing e Google, de acordo com a empresa.

A interação com a IA vai variar conforme a rede social. Em comum, todas terão o robô, que poderá ser acessado pela função “Pesquisar”.

No WhatsApp e no Messenger, o chatbot também vai aparecer como uma nova aba de conversa. No Instagram, será possível ainda fazer perguntas à IA dentro de um chat entre usuários. Para isso, o usuário terá apenas que digitar “@Meta AI” na conversa.

Já no Facebook, a IA vai aparecer também no feed, como um novo botão dentro da rede social. Na versão em inglês, essa opção de interação é chamada de “Ask Meta AI” (“Pergunte à Meta AI”).

Além da integração nas plataformas, o robô pode ser acessado em uma versão desktop que segue a lógica do Gemini (Google) e do ChatGPT (OpenAI). Em uma caixa de perguntas, o usuário “pode pesquisar tópicos, explorar interesses e obter conselhos práticos”, segundo a Meta.

Na página da Meta AI, a companhia acrescenta que “os principais provedores de pesquisa” foram integrados ao robô, o que significa que os usuários poderão obter “informações atualizadas da internet”. Com isso, a empresa abre potencialmente uma frente de competição com o Google.

Disponível nos EUA

Apresentada em abril, em inglês, a assistente de IA da Meta foi o maior passo da empresa, até o momento, para integrar a IA generativa, do mesmo tipo do ChatGPT, em suas redes sociais, acessadas por mais de 3 bilhões de usuários no mundo.

A IA, que já estava disponível nos Estados Unidos e em uma dúzia de países, é alimentada pelo Llama 3, modelo amplo de linguagem da empresa que é o “cérebro" “por trás da assistente. O lançamento no Brasil dos recursos, segundo a Meta, será gradual.

Zuckerberg: 'melhor do mundo'

Em um telão montado ontem num palco no Pavilhão do Parque Ibirapuera, na capital paulista, o fundador do Facebook afirmou que seu objetivo “é construir o melhor serviço de IA do mundo”.

— Estou feliz em anunciar que vamos lançar a Meta AI em português no mês que vem, junto com vários outros idiomas. Isso significa que mais pessoas ao redor do mundo poderão fazer perguntas à assistente em qualquer um de nossos aplicativos — afirmou Zuckerberg.

Ao GLOBO, o diretor-geral da Meta no Brasil, Conrado Leister, afirmou que a expectativa da empresa, com base no comportamento de usuários em mercados onde o chatbot já funciona, é que a IA seja usada como uma assistente para pesquisas.

— Em tese, tudo que é público e dê para compilar informações relevantes a sua pergunta ele (o assistente) pode trazer — disse Leister. — E conforme você usa a Meta IA, ela entende seu perfil. A grande vantagem é que ela começa a aprender com você ao longo das interações e passa a ser cada vez mais precisa.

Temor de desinformação

O ChatGPT, da OpenAI (empresa que tem uma associação à Microsoft) já permite pesquisas em áudio e vídeo. Outro rival, o Google, passou a apresentar, nas buscas, resumos feitos por IA. Na mesma linha, desde o ano passado a Microsoft tem o Bing integrado ao ChatGPT.

Conrado Leister, CEO do Facebook no Brasil — Foto: Divulgação/2017
Conrado Leister, CEO do Facebook no Brasil — Foto: Divulgação/2017

O movimento tem despertado tanto questionamentos legais sobre uso de material sujeito a direitos autorais para treinar a IA, como preocupação sobre a qualidade das informações geradas por esses bots. Produtores de conteúdo também temem que a IA tire audiência dos sites, o que levaria a um “deserto de informações” na internet.

Perguntado sobre o risco de a Meta AI gerar informações imprecisas, Leister minimizou, dizendo que o perfil é de “uma assistente virtual”.

Para empresas

No evento, a Meta também anunciou novos recursos de IA para negócios que usam o WhatsApp Business. Segundo a big tech, o chatbot está sendo treinado para “responder às perguntas mais populares que as empresas recebem” no WhatsApp. O lançamento será nos próximos meses.

Para o Brasil, a Meta também anunciou uma nova integração com o Pix para empresas que usam o WhatsApp. Será possível criar e enviar chaves pelo app, diretamente na conversa. A ideia é facilitar compras pela ferramenta de mensagens.

As empresas brasileiras também terão acesso ao Meta Verifed, um selo pago que dá mais funcionalidades para o uso comercial do WhatsApp.

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