Tecnologia
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Por AFP — Xangai

A cabeça de uma mulher sem corpo se agitava e fazia caretas, imitando as expressões faciais de um usuário em um laptop próximo, enquanto os visitantes da China Humanoid Robot Developer Conference, realizada esta semana em Xangai, observavam fascinados.

Os olhos arregalados e levemente frenéticos não deixavam dúvidas de que a tecnologia apresentava ainda uma certa estranheza, mas, mesmo assim, o setor está atraindo cada vez mais atenção na China, tanto de investidores quanto do governo.

Do lado de fora das salas de reunião da conferência, que aconteceu na última quarta-feira, dia 6, cerca de 30 empresas exibiram mãos biônicas, rostos cintilantes e robôs bípedes que caminhavam pela sala, estabilizando-se quando os demonstradores os desequilibravam.

— Sinto que o setor de robôs humanoides está crescendo... Essas exibições não são mais apenas conceitos. Muitas delas já são físicas e interativas — disse a visitante Jiang Yunfei.

Uma multidão se reuniu em uma demonstração da Fourier Intelligence, que iniciou a produção em massa de seu robô bípede GR-1, que diz ser uma novidade mundial.

O presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se com os líderes da Fourier em uma visita de inspeção em Xangai em dezembro, um sinal da crescente importância que o governo central tem dado às tecnologias emergentes, como a robótica.

Em entrevista ao South China Morning Post, o fundador da Fourier disse que Xi havia perguntado se era possível conversar com o robô bípede e fazer com que ele executasse tarefas básicas. E Pequim não é a única parte interessada.

— Eles serão amplamente utilizados em dois ou três anos — afirmou um investidor otimista, gesticulando para um robô semelhante fabricado por outra empresa.

Este investidor acrescentou que espera que eles sejam usados principalmente para cuidar de idosos, uma função que alguns consideram vital à medida que a enorme população da China envelhece e as opções de cuidados diminuem.

No estande onde era exposta a cabeça sem corpo, a equipe disse que seu objetivo final era fazer com que robôs impessoais, como o GR-1, parecessem mais humanos.

— Esperamos que eles possam entrar no setor de serviços domésticos — explicou Zhu Yongtong, membro da equipe do Shanghai DROID ROBOT.

Outra tentativa de humanização da empresa foi equipar os robôs com viseiras que projetavam olhos gerados por vídeo.

— Como pai ou mãe, você pode implantar sua própria imagem digital nesse robô para fazer uma apresentação, o que permitirá que o robô tenha um diálogo humano-robô mais amigável com seu filho, por exemplo —disse Ennio Zhang, diretor de marketing e vendas da GravityXR.

O clima na conferência desta semana era otimista, com as atenções voltadas para o futuro.

— Acho que os robôs humanoides da China evoluíram para uma posição de vanguarda e podem competir com outros fabricantes do mundo — disse um visitante de 27 anos, de sobrenome Wang.

— Agora muitos robôs ainda parecem ‘desajeitados’, ainda parecem robôs, mas quando coletarmos muito mais dados... o robô se tornará cada vez mais humanoide — disse a Sra. Jiang.

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