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RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 24/06/2024 - 08:01

Uso de dados de redes sociais pela Meta e questões legais.

A Meta coleta dados de redes sociais para treinar IA, permitindo objeção pela LGPD no Brasil. Na UE, houve adiamento de treinamentos após reações. No EUA, falta legislação rígida.

Para aperfeiçoar seus modelos de inteligência artificial (IA), a Meta passou a usar dados públicos compartilhados por brasileiros em suas redes sociais, Instagram e Facebook. Isso significa que vídeos, fotos e até legendas estão se tornando insumo para a empresa alimentar e treinar seus modelos de linguagem generativa.

A mudança de política de privacidade, anunciada no último dia 16, vem em um momento em que a gigante de tecnologia expande o recurso “IA da Meta”, que acrescenta um robô de IA generativa a WhatsApp, Instagram e Facebook. Na prática, ela vai permitir que usuários façam perguntas e interajam com o sistema diretamente de seus apps.

Essa ferramenta vai começar a chegar no Brasil, gradualmente, em julho.

O que mudou na coleta de informação?

A Meta afirmou que os dados públicos compartilhados por seus usuários serão utilizados para o treinamento de suas ferramentas de inteligência artificial generativa.

“Como é necessária uma quantidade grande de dados para treinar modelos eficazes, uma combinação de fontes é usada para treinamento”, afirma a empresa.

Por isso, a Meta utiliza dados disponíveis on-line e também “informações compartilhadas em seus produtos e serviços”, como postagens, fotos e legendas que constam de conteúdos públicos.

O conteúdo privado também será usado?

De acordo com a companhia, o conteúdo de mensagens privadas não é utilizado. Quando a “IA da Meta” for lançada no Brasil, as mensagens enviadas para o robô também vão ser usadas para o treinamento da inteligência artificial, que é alimentada pelo Llama 3, modelo mais recente e potente da companhia.

O que diz a lei no Brasil?

No Brasil, em razão da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a companhia fornece a possibilidade do “direito a objeção”, ou seja, do dono do perfil optar por não ter suas informações públicas usadas para o treinamento das IAs. O processo pode ser feito diretamente nas redes sociais.

É possível bloquear o acesso a dados?

Para se opor a essa coleta de informações é preciso preencher um formulário disponível na página de política de privacidade da empresa. O usuário, então, precisa selecionar o país de residência e incluir o endereço de e-mail. Depois, ainda é necessário explicar o motivo do pedido. A Meta diz que é possível fornecer qualquer informação adicional que o usuário avalie que vai ajudá-la a analisar a objeção.

O bloqueio é imediato?

A solicitação ainda irá passar por uma avaliação da empresa. “Analisaremos as solicitações de objeção de acordo com as leis de proteção de dados relevantes. Se a sua solicitação for atendida, ela será aplicada a partir do momento que for aceita”, afirma a Meta.

Como fazer o bloqueio no Instagram?

O processo também pode ser feito diretamente pela conta no Instagram. Veja o passo a passo abaixo a ser seguido na rede social:

  • Entre no perfil e acesse os três traços que ficam no canto superior direito da tela;
  • Role até o fim da página e clique no ícone “Sobre”;
  • Escolha a opção “Política de Privacidade”;
  • Acesse o ícone de três traços ao lado da lupa, no canto superior direito;
  • Selecione a opção “Outras políticas e artigos”;
  • Desça até o título “Como a Meta usa informações para recursos e modelos de IA generativa”;
  • No texto do item “Política de Privacidade”, vá até o intertítulo “Privacidade e IA generativa” e clique na opção de “direito de oposição”;
  • Preencha o formulário e justifique a decisão.

Como funciona no exterior?

Na União Europeia, diferentemente do que aconteceu no Brasil, os usuários foram notificados da alteração na política de privacidade, o que gerou reação por parte das autoridades de dados do bloco econômico.

No dia 14 deste mês, após um pedido da Comissão de Proteção de Dados (DPC, na sigla em inglês) da Irlanda, a empresa informou que iria adiar o início dos treinamentos de IA com informações dos usuários europeus.

A alteração tem gerado reações de usuários nos Estados Unidos, como de artistas que estão deixando o Instagram, por exemplo, para impedir que IA seja treinada a partir de seus trabalhos autorais. A ausência de legislação de dados rígida no país, no entanto, faz com que não haja opção de se opor ao treinamento. A única saída, por lá, é transformar a conta do usuário nas redes sociais da companhia em uma conta privada.

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