A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, reduziu sua participação na Apple em quase 50% como parte de uma enorme onda de vendas que foi feita pela companhia no segundo trimestre deste ano. A venda dos papéis chegou a US$ 75,5 bilhões.
Segundo a empresa, com sede em Omaha, Nebraska, os ganhos operacionais aumentaram para US$ 11,6 bilhões, acima dos US$ 10 bilhões no mesmo período de um ano atrás. Buffett está vendendo ações com a recuperação do S&P 500.
-- Você pode concluir que este é outro sinal de venda. Este foi um nível muito mais alto de atividade de venda do que esperávamos -- disse Jim Shanahan, analista da Edward Jones que cobre a Berkshire.
A Berkshire também tem diminuído significativamente sua participação no Bank of America. A companhia reduziu sua posição em 8,8% desde meados de julho.
Desde que a Berkshire divulgou pela primeira vez sua participação na Apple em 2016, Buffett acumulou um enorme lucro. A Berkshire gastou apenas US$ 31,1 bilhões pelos 908 milhões de ações da Apple que detinha até o final de 2021. Agora, suas cerca de 400 milhões de ações da Apple foram avaliadas em US$ 84,2 bilhões no fim de junho.
Buffett disse na reunião de acionistas de maio que a Apple era um negócio “ainda melhor” do que outros dois em que possui ações, a American Express e a Coca-Cola. Ele afirmou na época que a Apple provavelmente continuaria sua principal participação, indicando que as questões fiscais haviam motivado a venda, “mas eu não me importo, nas condições atuais, de construir a posição de caixa,” disse ele.
Os analistas da Bloomberg Intelligence, Matthew Palazola e Eric Bedell, disseram em uma nota no sábado que as vendas de ações da Berkshire “provavelmente visam evitar impostos mais altos sobre ganhos de capital.”