Xiaomi desbanca Apple e se torna segunda fabricante de smartphones do mundo

Entregas saltaram 83% no segundo trimestre. Preço menor e sanções impostas pelos EUA à também chinesa Huawei ajudam a impulsionar vendas
EUA retiraram a Xiaomi de 'lista suja' de empresas ligadas ao Partido Comunista Chinês Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

NOVA YORK - A chinesa Xiaomi desbancou a americana Apple e assumiu a vice-liderança na produção mundial de smartphones. Segundo dados da consultoria Canalys, a companhia asiática encerrou o segundo trimestre com participação de mercado de 17%, enquanto sua rival ficou com 14%. A sul-coreana Samsung se manteve no topo do ranking, com fatia de 19%.

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É a primeira vez que a Xiaomi chega ao top two na lista de fabricantes de celular. A empresa, que produz um pouco de tudo, de panela elétrica para arroz a pulseriras inteligentes e TVs, vem crescendo a passos largos no mercado de smartphones, segmento pelo qual é mais conhecida no Brasil.

De acordo com a Canalys, a vice-liderança mundial na produção de celulares foi possível após um salto de 83%  nas entregas para outros países entre abril e junho. Na América Latina, esse crescimento foi de 150%.

Marcas chinesas de celular planejam abrir linhas de produção no Brasil Foto: Bloomberg
A chinesa Realme lança celular 5G no Brasil com preço a partir de R$ 2,5 mil Foto: Divulgação
Xiaomi lança a linha Redmi Note 10 Pro no Brasil, a partir de R$ 3,2 mil Foto: Divulgação
Chinesa Rapoo lança cerca de 20 produtos no Brasil em parceria com a Multilaser, como mouse e teclado sem fio Foto: Divulgação
A Realme lança relógio conectado (chamado Watch S) no Brasil a partir de R$ 699 Foto: Divulgação
A Xiaomi lança o Redmi Note 10 S, a partir de R$ 2,7 mil com quatro câmeras Foto: Divulgação
A Rapoo investe em câmeras com imagem em HD para serem usadas com desktops Foto: Divulgação

 

As ações da Xiaomi subiam 4% na Bolsa de Hong Kong nesta sexta-feira, após a divulgação do levantamento.

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Uma das principais razões para o crescimento da Xiaomi é o preço de seus produtos. De acordo com Ben Stanton, gerente de pesquisa da Canalys, o valor de venda dos smartphones da marca é 40% a 75% menor que os das concorrentes Samsung e Apple.

Outra razão para a expansão é a perda de fôlego de sua conterrânea, a Huawei. Esta é alvo de sanções impostas pelo governo americano, desde que foi considerada um risco à segurança nacional dos EUA no governo de Donald Trump.

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Trump a proibiu de fazer negócios com companhias americanas. Com isso,  a Huawei sofre com problemas de suprimentos de chips, por exemplo. A gestão Biden manteve a empresa na lista suja. Já a Xiaomi foi removida em maio deste ano .

Apple lança rastreador "AirTag", uma espécie de etiqueta eletrônica que permite localizar itens pessoais, como chaves, por exemplo. Foto: Divulgação
Apple lança nova linha de Macs. As novas versões da máquina possuem sete cores variadas e novo design - mais fino e com leve inclinação. Foto: Divulgação
Apple lança nova versão do iPad Pro e versão de caneta em cinco idiomas. O iPad Pro é 1.500 vezes mais rápído que o primeiro modelo, lançado há 11 anos. O destaque fica por uma memória interna de 2Tb. Foto: Divulgação
Assim como a nova versão do iMac, O iPad Pro também conta com um processador M1. Foto: Divulgação
Apple lança teclado com reconhecimento de digital. A intenção é tornar mais fácil fazer login com segurança e compras. Foto: Divulgação
Uma nova cor roxa estará disponível nos modelos iPhone 12 e 12 Mini, lançados no ano passado: a roxa. Foto: Divulgação

Diante desse cenário, a Xiaomi vem investindo com força em hardware. Nos primeiros quatro meses deste ano já lançou dois smartphones, entre eles o Mi 11 Ultra, um dos celulares mais avançados com sistema Android no mercado hoje.

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O analista da Canalys lembra que o segundo trimestre costuma ser o período em que Apple e Samsung assumem um comportamento mais low profile, pois estão se preparando para lançamentos nos meses seguintes. Os números do terceiro trimestre dirão se a Xiaomi será capaz de manter sua posição na briga nas líderes do setor.