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Por Yasmin Setubal — Rio de Janeiro

Quando o assunto é skincare, imagina-se um universo de marcas e cosméticos à disposição para ajudar a atingir os resultados estéticos mais desejados, como hidratação, clareamento de manchas e rejuvenescimento. Anitta, no entanto, compartilhou com seus seguidores nas redes sociais, na última terça-feira, que não é adepta ao uso de uma série de produtos na pele, mas de um em específico, que chamou a atenção de fãs e profissionais da área da saúde: um creme manipulado com compostos de seu próprio sangue.

Anitta passa creme feito com seu sangue no rosto; procedimento é utilizado para rejuvenescer a pele — Foto: Reprodução/ Instagram
Anitta passa creme feito com seu sangue no rosto; procedimento é utilizado para rejuvenescer a pele — Foto: Reprodução/ Instagram

O fator de crescimento — como são classificadas substâncias em produtos que auxiliam na regeneração tecidual da pele — do creme usado por Anitta é uma técnica chamada de Plasma Rico em Plaquetas (PRP), uma metodologia que se utiliza do sangue do paciente, que passa por uma centrifugação, para estimular a produção de novas células no local aplicado.

Essa técnica, no entanto, não é regulamentada para fins clínicos pelo Conselho Federal de Medicina no Brasil, diferentemente dos Estados Unidos e da Europa.

— Na câmara técnica do Conselho Federal de Medicina, está em processo a regulamentação para casos ortopédicos, mas é uma metodologia proibida no Brasil, a não ser para fins de pesquisa. Mas, de fato, existe evidência científica de que é uma técnica que funciona — explica Alessandro Alarcão, titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Perigos e cuidados na utilização

Apesar dos benefícios do PRP, o médico pontua perigos no manejo desse tipo de substância, principalmente quando é incorporado a cremes.

— Pode existir a possibilidade de fazer um creme com PRP, mas não duraria 24 horas. O maior problema nisso tudo é que o sangue é o melhor meio de cultura de bactérias, então é facilmente contaminável.

A dermatologista Juliana Neiva diz que é comum ver pacientes se submeterem a procedimentos de drug delivery e injetáveis com PRP, mas admite ter ficado surpresa com sua incorporação em cremes.

— Os procedimentos injetáveis e de drug delivery com PRP necessitam de todo um cuidado especial, o manejo dessa substância requer muita atenção. Causou-me surpresa vê-lo em creme, fico curiosa sobre o processamento disso, como é a conservação. Preocupo-me com a banalização dessa técnica.

A recomendação do dermatologista Igor Manhães, da clínica Le Peaux, é que as pessoas aguardem mais estudos que comprovem a eficácia do uso tópico do PRP.

— Trata-se de um procedimento de formulação de alto custo pela exclusividade e complexo processamento — avalia o médico.

Apesar de afirmar que o sangue possui substâncias regenerativas, a dermatologista Juliana Piquet destaca a quantidade de elementos ricos em fatores de crescimento disponíveis no mercado que servem como alternativos ao PRP.

— Estamos sendo agredidos e nos agredindo o tempo todo, e o nosso organismo consegue naturalmente se regenerar. Mas existem outras substâncias que atendem às mesmas funções e que podem personalizar produtos conforme a necessidade dos pacientes. Não vejo muito sentido seguir um tratamento invasivo desse tipo, tirar o sangue... É complicado e pode ser perigoso — conclui a especialista.

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