Beleza
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Por — Rio de Janeiro

A história costuma seguir o mesmo roteiro: a tal busca pela aparência perfeita que acaba em excessos. Enredo impulsionado por efeito dos filtros de beleza, celebridades exibindo seus procedimentos estéticos, clínicas com promoções tentadoras… No fim, muitas vezes, a insatisfação com o resultado artificial ou desproporcional. Foi assim com as próteses de silicone, quando, em 2021, houve um grande movimento de mulheres arrependidas voltando às mesas cirúrgicas para retirá-las. A “bola” da vez são os preenchimentos faciais, com um boom nas clínicas médicas para desfazer os injetáveis (na maioria dos casos, de ácido hialurônico), que propõem suavizar rugas e sulcos, dar volume a lábios e bochechas e alterar o contorno do rosto. Celebridades como GKay e ex-BBBs (a cantora Gabi Martins, por exemplo) já mostraram a cara nas redes apresentando suas “reversões”.

No consultório dermatológico ou do cirurgião plástico, primeiro uma avaliação identifica tipo, densidade e quantidade do preenchedor aplicado, e se há, de fato, possibilidade de retirá-lo. Para a reversão do ácido hialurônico, entra em cena uma enzima chamada hialuronidase, que funciona como antídoto. “Usamos o ultrassom para mapear onde está o preenchedor e fazemos a injeção da enzima. Em uma ou duas sessões, conseguimos o resultado”, explica a dermatologista Bianca Bretas, da Clínica PB, que tem atendido cerca de três pacientes por semana com essa demanda, principalmente na área das olheiras. “Fica logo visível que aquele volume saiu e costuma aparecer um edema. Precisa conversar muito com a paciente para ela entender que está sendo retirado um material que ocupava um espaço ali. Portanto, a pele vai ficar flácida. Mas com o tempo e recursos tecnológicos (leia box abaixo), melhora”.

A administradora Marcia Avelar passou por todas essas etapas. Aos 50 anos, preencheu olheiras e bochechas, mas ficou inconformada com o aspecto artificial. “Eu ganhei outra fisionomia, sempre meio inchada. Esperei dois meses e resolvi tirar no início do ano. Não foi uma decisão fácil, a autoestima fica no pé. Fiz sessões depois com aparelhos para flacidez e estímulo de colágeno, e a pele foi “colando” de volta. Precisou de um mês para eu voltar a me reconhecer no espelho!”, relata.

Também descontente com as olheiras, a dermatologista Carla Marchioro tinha apenas 28 anos quando decidiu preenchê-las, em 2019. Vendo tanta gente ao redor recorrendo a procedimentos estéticos, confessa que acabou influenciada. Mas houve uma reação chamada efeito Tyndall, quando a região assume uma coloração azulada, e ela correu para desfazer. “O que eu não gostava antes era justamente o roxinho dessa área dos olhos, e ficou ainda pior. Agora entendo que não foi a melhor indicação para o meu caso. Não faço em minhas pacientes com o mesmo tipo de olheira”, conta. A dermatologista esclarece que reações podem, de fato, acontecer em qualquer pessoa. Mas é fundamental sempre recorrer a médicos habilitados (consultas com aplicação de hialuronidase giram entre R$ 1.500 e R$ 4.000).

Um estudo realizado por médicos da Sociedade Brasileira de Dermatologia observa que excesso de produto e falta de técnica estão entre as causas mais comuns de casos com complicações. E avalia que o risco é maior quando os preenchimentos visam a volumização, e não apenas correção de uma ruga. Outra questão discutida é sobre o tempo que o ácido hialurônico permanece no corpo. Ao contrário do esperado (cerca de um ano), pode durar mais. O cirurgião plástico Lucho Montellano acompanha as pesquisas apontando a presença de resíduos da substância até quatro anos após a aplicação.

Em sua clínica, em Ipanema, aparecem casos não apenas de preenchimento com ácido hialurônico, mas com o polimetilmetacrilato, ou PMMA, um composto de microesferas de acrílico, que é definitivo. A indicação é cirúrgica. “Para a remoção, são feitas incisões com a tentativa, ao máximo, de esconder cicatrizes. Os casos mais comuns são nos lábios e nos glúteos”, conta o médico.

Lucho acredita que a moda da harmonização facial, recurso que usa muito preenchimento e rende críticas quanto ao resultado pillow face (cara de travesseiro), esteja passando. "O excesso dos injetáveis tem envelhecido as pessoas. Fora que fica tudo tão padronizado, com rosto quadrado”, aponta o médico: “Vamos melhorar pele, rejuvenescer, mas não buscar uma simetria que não é natural”.

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