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Estudo defende que mulheres tendem mais a ser bissexuais do que homens

Pesquisa afirma que chance de se interessar pelo mesmo sexo é três vezes maior entre elas
Kristen Stewart: após namorar Robert Pattinson, atriz namora sua assistente pessoal, Alicia Cargile Foto: Thibault Camus / AP
Kristen Stewart: após namorar Robert Pattinson, atriz namora sua assistente pessoal, Alicia Cargile Foto: Thibault Camus / AP

RIO - Uma pesquisa da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, apontou que mulheres tendem três vezes mais a ser bissexuais do que homens. Segundo o estudo, a maioria dos homens se define como "100%" heterossexual ou homossexual, enquanto as mulheres tendem a encarar a sua sexualidade de forma mais fluida.

"Isso indica que a sexualidade feminina pode ser mais flexível e adaptável do que a dos homens", disse uma das autoras da pesquisa, a professora de sociologia  Elizabeth McClintock, ao jornal " The Telegraph ".

Os pesquisadores ouviram 5.018 mulheres e 4.191 homens durante a passagem da adolescência para os primeiros anos da vida adulta. As idades variavam de 16 a 28 anos.

Em um dos pontos mais polêmicos do estudo, os pesquisadores defendem que mulheres que não engravidam cedo, são fisicamente atraentes ou com alta escolaridade têm uma tendência menor a se envolver com outras mulheres, por mais que sintam atração pelo mesmo sexo também — uma conclusão que vai contra os diversos exemplos de beldades como Cara Delevigne, Kristen Stewart, Anna Paquin e Angelina Jolie, que já tiveram relacionamentos com homens e mulheres.

"Mulheres com algum grau de atração por tanto homens quanto mulheres podem nunca ter um relacionamento homossexual se elas tiverem opções favoráveis em relações heterossexuais. Se elas tiverem sucesso em relacionamentos com homens, como é mais tradicionalmente esperado, elas podem nunca explorar seu desejo por mulheres", defende a pesquisadora, que também aponta a faixa de 22 a 28 anos como a idade mais provável para mulheres "mudarem sua identidade sexual".

"As mulheres têm uma grande probabilidade de sentirem atração por homens e mulheres, o que lhes dá mais flexibilidade na escolha de parceiros. Ter essa flexibilidade pode fazer com que fatores como contexto e experiência de vida interfiram mais na hora de encarar a identidade sexual", afirma McClintock.

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