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Desenhos de Hector Angelo, artista de 18 anos, conquistam estrelas como Nicki Minaj, Miley e Pabllo Vittar

Goiano é um prodígio também na literatura, com cinco livros publicados
Pabllo Vittar e Hector Ângelo Foto: Arquivo Pessoal
Pabllo Vittar e Hector Ângelo Foto: Arquivo Pessoal

“Sabe aquelas crianças que gostam de jogar bola na rua? Não fui uma delas. Sempre gostei mesmo de desenhar e escrever”, diz o goiano Hector Angelo, logo no começo da conversa. Aos 18 anos, o estudante de Animação pode ser considerado um prodígio das artes plásticas e da literatura. Antes de chegar à maioridade, já havia publicado cinco livros e participado de uma mostra no Museu do Louvre, em Paris — à qual ele se refere como “a experiência mais incrível” de sua vida. “Quando recebi o convite para estar nesse projeto de novos talentos, em 2017, pensei que fosse pegadinha. Quem iria acreditar? Depois de conversar com o curador, enviei um dos quadros da coletânea que fiz sobre preconceito. Detalhe: durante minha estadia na França, almocei com o presidente Emmanuel Macron, no Palais de l’Élysée.”

Nicki Minaj é a diva-mor do artista. Foto: Arquivo Pessoal
Nicki Minaj é a diva-mor do artista. Foto: Arquivo Pessoal

Filho de publicitários, Hector conta que, no início, encarava tudo como uma grande brincadeira. “Mas fui percebendo que conseguia me expressar por meio das palavras e da pintura.” Aos 7, ele convenceu a mãe a organizar o lançamento do seu primeiro livro, “A girafa que foi ao espaço”. “A obra vendeu bem e acabei partindo para outros desafios literários. No último, ‘Depois do final feliz’, discorro sobre nossos altos e baixos, desconstruindo o mito da felicidade eterna dos contos de fadas. Hoje, no entanto, estou totalmente voltado para meu trabalho nas artes plásticas.”

Amy Winehouse Foto: Arquivo Pessoal
Amy Winehouse Foto: Arquivo Pessoal

Os personagens fantásticos que ocupavam seu imaginário no passado agora dividem espaço com rostos conhecidos da cultura pop. Amy Winehouse, Pabllo Vittar, IZA, Anitta e Ludmilla foram traçadas por Hector. As cantoras americanas Nicki Minaj e Miley Cyrus, inclusive, compartilharam nas redes sociais os desenhos que “ganharam” do goiano. “As pessoas me pediam esses retratos pelo Instagram, e eu simplesmente as atendi. Não imaginava que teria essa repercussão. Foi um susto”, comenta. “Nicki é minha diva-mor. Num universo dominado por homens, a rapper conseguiu triunfar ao abordar o empoderamento feminino.”

Hector, que planeja uma exposição e um desfile de sua marca de roupa homônima (moda é outro interesse) para 2021, costuma afirmar que arte é libertação, mas também é resistência. “Desde os primórdios, abracei as diferenças. Gosto de mostrar todas as cores e formas nas minhas telas. O mundo de uma nota só não me interessa.”