Na primeira parte de seu livro de memórias, “O que sobra”, lançado ontem no Brasil, o príncipe Harry conta como lidou com a morte da mãe, a princesa Diana ao longo de sua infância e adolescência.
Ignorado por William na escola e mau aluno confesso, o duque de Sussex encontrou refúgio no esporte, mais precisamente no rúgbi. Com fama de violento, por ser um esporte de contato, ele revelou que isso serviu como um pretexto para se machucar propositalmente.
"O rúgbi me permitia extravasar minha raiva, que àquela altura algumas pessoas diziam ser minha 'névoa vermelha'. Além do mais, eu simplesmente não sentia a dor que os outros garotos sentiam, o que me tornava assustador nos arremessos. Ninguém conseguia reagir a um menino que, na verdade, procurou uma dor externa que se igualasse à interna", escreveu.
Também para extravasar, Harry admite que fez alguns amigos e eles fugiam para a Windsor Bridge, ponte que ligava a Eton College, onde estudava, a Windsor, e passava por cima do rio Tâmisa. Ali, eles podiam fumar com privacidade.
"Meus amigos pareciam curtir a desobediência, já eu agia assim porque estava no piloto automático. Como um robô, eu aceitava todos os cigarros que me ofereciam, e no mesmo estilo automático, impensado, em pouco tempo passei a fumar maconha", admitiu na obra.